Não se constitui em surpresa para a grande maioria dos brasileiros o cenário em que se encontra o governo da presidente Dilma Rousseff, considerado um dos piores já vistos em administrações anteriores.
Envolvido em violenta crise política, Dilma, a cada dia que passa, perde a confiança do eleitorado, salvo aqueles que ainda acreditam em uma reviravolta positiva, porém, com as investigações da operação Lava Jato e com indícios em uma administração a presidente perde o apoio dos eleitores.
No último levantamento efetuado pela Confederação Nacional do Transporte, divulgado na semana que se findou, a presidente da República obteve 70,9% de avaliação negativa por parte dos entrevistados.
Não tem como negar que o brasileiro se mostra pessimista em relação ao atual governo e ao assustador índice de 7,7% contra 10,8% de pesquisa anterior, apesar de que para Dilma as divergências nada mais são que disputa política, mas a taxa de desemprego cada vez mais atingindo um índice elevado e que já chega a 6,9%.
Em assim sendo, o índice de 7,7% é o pior registrado no levantamento e, quando do processo eleitoral no ano passado, cerca de 41% dos entrevistados tratavam o governo de Dilma de forma positiva contra 23,5% negativa.
Não é apenas o governo que vai mal das pernas. Quando a avaliação é individual, o desempenho pessoal da presidente da república não oferece perspectiva de forma alguma. Apenas 15,3% dos entrevistados aprovam o governo Dilma, contra 79,9% contrários.
O atual cenário pode ser considerado na condição de desastroso junto à economia, que já atingiu o ponto crítico, é o suficiente para engordar mais ainda a baixa avaliação do governo nesses últimos meses em que a crise ganha dimensão em todos os segmentos da sociedade.
Para os especialistas, o mandato atual do governo se aproxima da situação irreversível e, abalado pelos ataques dos adversários, o Palácio do Planalto se mostra frágil contra as denúncias, que motivam total renovação da equipe governamental, visando novos rumos de recuperação, o que se torna tarefa difícil de momento.
O brasileiro, por sua vez, percebe tal fragilidade de Dilma e equipe, acrescentando a esta situação os sintomas de pesquisa em termos de impeachment, palavra que ganha destaque no país a cada dia que passa.
Atualmente, na pesquisa, 62,8% dos entrevistados apoiam o impedimento de Dilma, e o mais interessante de tudo isto é que o governo está no início do segundo mandato e o tempo é longo para recuperação, já que poucos apostam em melhorias a curto prazo.
É certo que, independente das denúncias, que comprometem o Palácio do Planalto, o andar da carruagem segue seu curso normal, porém, entre altos e baixos, além das dúvidas, que surgem nas especulações de um modo geral, até quando irá o andar, diante do cenário atual.