A atual presidenta fez uma campanha ano passado afirmando que não tomaria certas atitudes. Após empossada, em vista das reais circunstâncias do país, está sendo obrigada a fazer tudo diferente e, por isso, sua avaliação pelo povo está em baixa. Acontece que os discursos que ela fez para se eleger foram motivados por um projeto de poder não apenas dela, porém, de um grupo de pessoas.
Esse negócio de projeto de poder é bastante conhecido na história e, praticamente, nenhum deu certo. Os finais não foram felizes como no cinema. Lembremos apenas de Hitler, Mussolini, Franco e alguns infelizes mais. A própria Rússia ainda não viu o fundo do buraco em que “sonhadores” a enfiaram. Tudo por culpa de projetos de poderes.
A democracia, ainda, com todos seus defeitos, é o melhor caminho para que um povo se organize e construa regras de convivência. Para que a democracia possa caminhar com mais suavidade sempre é necessário a alternância no poder. Pessoas diferentes trazem ideias diferentes e se não der certo o povo não vota mais, pronto, acabam os erros. Seria o ideal, infelizmente não é.
Por que estou escrevendo isto? Simplesmente porque percebi que algumas boas pessoas estão trilhando um caminho diferente daquele que lutamos por décadas, aqui em Votuporanga. O articulista não gosta de certas atitudes. O povo não tem de ficar ouvindo “diferenças” existentes entre alguns. Sempre lutamos, e não foram poucas as pessoas que se envolveram nessa filosofia, para que a cidade fosse pacífica politicamente. Isto não quer dizer que não devam existir adversários, ao contrario, vários seria o ideal para que ideias, isto sim, fossem discutidas. Por ter sido assim a cidade chegou ao porte atual.
Viana Filho, ex-vereador e jornalista me disse um dia, quando eu ainda era muito jovem: “Não chute a lata em palanque porque não vou te responder”. Nelson Camargo, um jornalista experimentado, me disse um dia: “Nós, de nosso tempo, precisamos tomar cuidado com o que falamos porque isto fica marcado para o futuro e poderá prejudicar boas pessoas”. Lições inolvidáveis que o tempo me fez entendê-las como de muito valor.
Portanto, meus futuros candidatos a Prefeito e Vereadores, muito cuidado com as palavras. Procurem não ofender ninguém, tenham adversários, jamais inimigos. A cidade merece respeito e está acostumada com isso.
Não estou puxando a língua e nem desestimulo ninguém a ser candidato. Apenas sugiro cautela. Votuporanga estará completando 78 anos e eu 77, somos colegas de vida e de crescimento e, por isso, junto de muitos outros amigos da mesma época não vamos permitir silenciosamente que o “trem saia dos trilhos”, em algum momento podemos chamar a atenção, mesmo que alguns não gostem. Em tempo: - o articulista até não cresceu muito, porém, a cidade tem um futuro promissor.
Nesse mundo moderno de comunicações instantâneas não caberão mais os tais “projetos de poder”, um só grupo mandando. Esse tempo já vai indo e quem insistir, em algum momento, vai dar com os “burros n’água” ou vai para o lavador, vejam a Lava Jato que, parece, está criando um novo Brasil. Os projetos políticos administrativos precisam ser, digamos, futuristas, melhor dizendo, prevendo o futuro, facilitando a vida da população e, também, fortemente, com propostas que possam privilegiar o momento.
Pois é, palpites a gente vai dando e, ao mesmo tempo, torcendo para que a cidade que queremos para o futuro seja tão gentil e educada como sempre foi.
Vamos com calma que a estrada é longa, e tenhamos em mente que os bons exemplos serão sempre lembrados.