Desde que os portugueses para cá vieram, trouxeram em sua bagagem os Jesuítas, dentro da premissa determinada em termos educacionais, os escolhidos deveriam ter vontade, memória e conhecimento aliado ao saber.
No começo da nação, você tinha dois tipos de educação, uma para as massas outra para a elite, que na época do descobrimento estudavam em Coimbra. Com o crescimento da nação, houve a necessidade da criação de uma escola para os ricos. Foi então que Igreja criou os Colégios Jesuítas. Os índios e os negros eram alfabetizados em processo de aldeamento, nas normas educacionais estavam à catequese e os primórdios da alfabetização.
Muitas foram as mudanças de Marquês de Pombal a Jarbas Passarinho e até o momento presente. Estando há 27 anos na educação, fico indignado quando volto às Universidades para ver se as mesmas nos acrescentam alguma coisa.
Dias destes estudei através de um convênio entre Secretaria da Educação e UNESP que deixa um portal na internet com vídeos e textos para serem lidos; muito embora não nos dê uma certificação, gosto de aprender sempre. Estudei a História da Educação até aí tudo bem, mas quando fui estudar a didática aplicada à Língua Portuguesa e Literatura, fiquei estarrecido, Fiorin, Magda e outros linguistas que em nome de uma não discriminação da Linguagem assassinam a Língua Portuguesa com uma desculpa que a língua é um processo dinâmico e coisa tal, concordo que a língua é um organismo vivo e como tal evolui, mas não podemos menosprezar a Língua Padrão. Inconscientemente eu aplicava e aplico os métodos por eles adotados, mas de forma aprofundada e não da forma como fazem, uma verdadeira lavagem cerebral nos professores.
Existem muitas maneiras de se respeitar e conviver com os diversos tipos de linguagem, mas por outro lado temos que respeitar a Norma Culta. Bom, tudo isto é apenas uma das linhas do Iceberg. Fiquei imaginando aqueles teóricos renomados da gramática aplicada defendendo uma ideologia que no meu conceito de estudioso, ou estão caducos ou a serviço de uma ideologia niilista que não tem vergonha na cara e respeito às pessoas de senso deste país. Não é possível que a Secretaria de um dos estados mais ricos da nação se submeta as estas ideias.
Melhoria da educação passa por vários fatores, um deles é ensinar a Língua de Prestígio para que as massas populares possam progredir e ter acesso ao saber. Enquanto professores, sindicatos e população lutam para a manutenção da Escola Pública de qualidade, o Exmo Senhor Governador nomeia um ex-promotor e ex-presidente do TJ “Professor Dr. José Renato Nalini”. Com que finalidade senhor governador? Para continuar o processo de sucateamento da Escola Pública, para depois municipalizar e terceirizar os serviços? Não estou aqui condenando Vossa Excelência, mas esta ideologia é muito velha. Abrir diálogo com a sociedade e discutir qual o modelo de escola queremos para os trabalhadores e pessoas de bem de nosso país se faz necessário.
A nomeação de uma pessoa ligada à justiça tem uma justificativa, vingança contra os professores porque Vossa Excelência perdeu nos tribunais a luta contra os professores. Não quero, através deste artigo, condenar ou apontar um culpado; mas, precisamos recuperar e melhorar a escola pública e não acho que estes pseudo-doutores da educação vão resolver este problema.
As universidades precisam aprofundar os conhecimentos e não ficar nesta de estar a serviço de uma classe minoritária e dominante. Não me venham que esta balela de discriminação de linguagem que por detrás destes paladinos dos oprimidos está uma ideologia perversa que anula os preceitos educacionais. Vamos debater educação, vamos buscar alternativa para melhorar a educação, mas não da forma que está alicerçada! É preciso repensar, buscar qual são a linguagens e conhecimentos que devem ser priorizados na Escola!
Não sou purista e nem defensor da gramática pura. Na vida temos um encadeamento e um modelo básico a ser seguido. Existe uma Língua Padrão e é através dela que os intelectuais nos dominam. Educação, conhecimento e saber conduzir faz parte do ser humano. Não é possível mudar a sociedade sem dar-lhes a oportunidade de crescer e aprender. Enquanto a educação for um problema político não atingiremos o ápice!