No primeiro artigo, comentando sobre governos e sobre o futuro, dentre outros assuntos, escrevi o seguinte: “É preciso vontade, responsabilidade, visão de futuro e competência, sem burocracia. A realidade não comporta improvisações”.
Hoje vivemos momentos graves no país e mais do que nunca a realidade que está aí precisa ser enfrentada por todos com muita responsabilidade e visão de futuro. Quem vai fazer assim?
Este artigo é de número 650, ou seja, seiscentos e cinquenta semanas ocupando espaço no jornal e o pessoal da redação e direção “aguentando o tranco”. Sem dúvida, obrigado a eles pelo respeito.
Ainda nesta semana, encontrei um leitor da cidade de Cardoso (o jornal está intermunicipal), que teceu elogios aos comentários e, agradeço. Por todo o tempo os leitores me prestigiaram e procurei respeitá-los, agradeço a todos.
Durante todo o tempo que tenho tecido comentários por aqui, muitas situações diversas ocorreram no país e na cidade, pena que agora vivemos momentos de muita amargura no âmbito da nação, com notícias horríveis sobre o comportamento de políticos nacionais, que deviam servir de exemplo. Parece que não vai melhorar, pois, os “Deuses”, desde municípios até a federação, estão demonstrando que nada vão fazer para que o sistema defeituoso se modifique. Nem em todos os lugares, lógico. A cacicada está dando uma “banana” para o povo, o negócio deles é salvar a alma, se é que possuem.
Parece que tem um projeto tramitando na câmara ou no senado que vai perdoar quem devolver o que foi “afanado”. Se o cara afanou, tem de ser condenado, é meliante, mesmo devolvendo. Mas, vai ser engraçado ver alguns devolverem o “tutu”. E depois? Como farão para continuar com as mordomias? Sei lá, só vendo para crer, mesmo porque, parece que alguns terão de devolver milhões, e que devolvam as malas também.
Outra atitude porca que precisa acabar na política nacional é o favorecimento aos grupinhos de amigos e até sócios em negócios nebulosos, favorecimentos esses que proporcionam milhões de renda aos comprometidos com as mamatas.
Os artigos versaram bastante sobre a reforma política, infelizmente nada está sendo feito para modificar a estrutura de poder partidária. A Ditadura Partidária, agora fortalecida pelo financiamento público de campanhas, da forma como o assunto está sendo conduzido, vai continuar azucrinando o Brasil. Estamos arriscados de ter que votar no próximo ano em personagens pouco dignificados, pois, os partidos, ao que parece, não estarão oferecendo nenhuma “mercadoria” nova, só o mesmo de sempre.
Pensando bem, sem pretender ofender ninguém, e sem desprestigiar alguns que merecem o prestigio (viva o trocadilho!), penso que caberá aos eleitores do Brasil fazer uma troca total na representação política, pois, os que estão em cargos, de municípios até a federação, não tomam atitudes, não esbravejam e nem fazem movimentos sérios na direção de uma troca de atitudes. Quem possui cargo não pode ser tímido, está no mesmo para defender os interesses da população e não pode ficar “borrando as calças” em momentos tão difíceis quanto o que o país vive.
Pois é, que pena ter de fazer, depois de quinze anos escrevendo, um artigo tão lamentador quanto esse. Mas, mesmo constatando a cruel realidade, faço votos para que nosso país possa oferecer melhores oportunidades às nossas crianças e aos nossos jovens.
O país está precisando de conciliação, conciliação essa que aceite apenas pessoas com decência em cargos públicos de todos os níveis. Chega de maracutaia. (650)