A quarta revolução industrial trouxe coisas incríveis e uma delas é a inteligência artificial. Os computadores conseguem realizar operações matemáticas e lógicas muito mais rapidamente do que o ser humano. Por isso é que muita atividade hoje confiada a pessoas, já tem sido realizada e com vantagens, pela máquina.
Um dos nichos recentes é a do atendimento a clientela massiva. Depois de formular o rol de indagações mais prováveis, de coletar amostragem significativa das dúvidas do cliente, um robô pode responder com exatidão e celeridade maior àquilo que aflige o consumidor de bens ou de serviços. É tão eficiente que a pessoa chega a conversar com o robô e a agradecer por sua gentileza no atendimento.
Na Inglaterra, após uma bebedeira, dois jovens criaram uma cerveja artesanal que é modificada a cada mês, a partir de pesquisa realizada com reais apreciadores da bebida mais popular no Reino Unido. Os lucros dispararam e a empresa não para de crescer. E os donos já farão o mesmo com café, chocolate e perfume. Tudo para atender a um cliente refinado, cuja sofisticação faz com que ele se disponha a responder a inúmeras questões, com o fito de oferecer aquilo que ele realmente quer.
O que ainda está de certa forma oculto nesse processo de substituição do homem pela máquina, é o que fazer com os milhões de desempregados que restarão depois que os robôs assumirem o comando de tantas profissões. Mas haverá espaço para jardineiros, para cuidadores, para acompanhantes. É sempre melhor estar acompanhado por alguém tangível, de carne e osso, do que por um robô. Por mais perfeito que ele seja, pois não reclamará, não pedirá aumento, não sentirá tristeza ou angústia, não terá mau humor... É o que se espera.
Brincadeira à parte, é urgente que os educadores, os pais e a sociedade inteira se compenetre de que a inteligência artificial, assim como a internet das coisas, a impressora 3D, a robótica, a nanotecnologia, a bioengenharia, a obsolescência velocíssima das TICs - Tecnologias de Informação e Comunicação, ainda não é tema permanente nas nossas escolas. Precisamos de cérebros capazes de desenhar um prognóstico de futuro, ainda que o amanhã vá nos surpreender, mas para fornecer ao alunado a perspectiva de que hoje, no mundo, só há uma certeza: a da incerteza. Com certeza, o mundo não será aquele que nós imaginamos hoje. Assim como o de hoje não é o que nossos ancestrais pensaram para o tão esperado Século XXI.