Enquanto o pensamento do polêmico presidente dos Estados Unidos lança a ideia do isolamento de separação, através de muros gigantescos na fronteira com o México, o continente africano está construindo um muro formado por milhões de árvores, dando a maior importância ao verde do que o muro que divisa os Estados Unidos e o México
O objetivo desse plantio, que consta minimizar os efeitos devastadores das mudanças climáticas sobre o continente, que agravaram muito nas últimas décadas, é uma forma de neutralizar os efeitos negativos.
Referido assunto saiu nos sites do BBC de Londres e afirma que a barreira de árvores cruza o continente de leste a oeste. Esse plantio, pelo que pudemos apurar, teve início em 2.007 e os países envolvidos no projeto pretendem fazer com que o muro atinja 8.000 quilômetros de comprimento e 15 quilômetros de largura.
Senegal, por sua vez, é o país que mais avançou até agora no plantio de 11 milhões de árvores, reforçando a ideia do quanto se torna mais que necessária esta iniciativa da existência de árvores.
Essa ação conjunta dos países africanos está sendo considerada revolucionária, porque já começa a sentir um progresso histórico que estava aprofundando a seca e a fome na África.
O líder de um vilarejo no sul do Senegal, Absaman Moudouba, afirmou: quando não havia árvores o vento escavava e desgastava o solo, mas está mais protegido agora. As folhas se tornaram algo especial e a sombra aumenta a umidade do ambiente. Assim, há menos necessidade de água.
Continuando com essa exposição, o líder do Senegal disse: antes havia fome e seca generalizadas aqui. Então, com a plantação de árvores e depois um jardim, onde as mulheres fazem a cultura agrícola, tudo mudou para melhor. Além desse aspecto, as pessoas costumavam migrar, mas agora só seguem a linha da Grande Muralha Verde em busca de emprego, portanto, não partem de um local para outro para melhoria das condições de vida.
Ainda falta muito para o projeto ser finalizado pelo alto custo, que chega a 8 bilhões de dólares e que correspondem a 25 bilhões de reais, mas a união do Banco Mundial, União Africana e os jardins botânicos do Reino Unido estão empenhados para conseguir fundos que garantam a continuidade do feito.
O caminho é este: investir no verde, no meio ambiente, na despoluição da água e do mar, em sentido contrário àquele no qual caminha Donald Trump, o pregador que faz de conta que o mundo lhe pertence e que por esse motivo tem o direito de destruí-lo com a falta de senso e de uma forma perturbadora.
No Brasil, a devastação da Amazônia, que costuma ser negada ou desconhecida pelos governos que se sucedem ou pelo menos minimizada, é outro problema que não é encarado com seriedade necessária e com ações efetivas que evitem o desmatamento da forma com que vem sendo praticado.
Nos centros urbanos o verde vem se tornando cada vez mais escasso. Com isso, a sensação de calor tem sido cada vez maior e, nos últimos dias, por exemplo, tivemos temperaturas elevadíssimas, as mais altas registradas nessa estação.
Quem sabe no Brasil se adote essa iniciativa do continente africano, visando novos tempos de progresso efetivo, incentivando o plantio de árvores em lugares adequados e que possam dar ênfase a uma nova vida a todos brasileiros, mesmo quando a seca se estenda por todos os quadrantes da Pátria, porém, com a preservação do verde e com a expansão das árvores novos tempos virão em benefício de todos.