Semana passada fui conversar com o Jocafe (diretor do jornal), afinal com o número de artigos atingidos pensei que poderia me aposentar. O rapaz deu uma de algoz e fez uma pergunta: você não combinou com o Fabinho (futuro diretor) que ia chegar aos setecentos? Cumpra o compromisso, respondeu. Com isso, cobrando minha palavra me obriga tentar ir mais à frente. Será que consigo? Até quando? Vamos lá... vai que dá...
Mas, cá entre nós, tá difícil falar de assuntos políticos. Comento assim porque bons assuntos políticos não estão existindo e, sim, uma sequência danada de assuntos policiais. Até no esporte a situação ficou preta para alguns, e tudo porque se envolveram com alguns políticos.
O pior é que não aparece ninguém para dar um basta nisso. Dos futuros candidatos, que se anunciam por aí, parece que todos fazem parte de alguma panelinha. Péssimo exemplo para os jovens do país, mas, também, não foi feita uma Reforma Política que abra verdadeiros espaços para novos pensamentos e talentos. Penso que, se os eleitores não fizerem uma limpeza por conta própria, pouca coisa vai mudar no cenário nacional e, pior, depois vai impregnar os municipais, fica perigoso continuar o mesmo de sempre.
O estrago feito na nação durante as últimas décadas foi muito grande, consertar vai ser difícil e, com a filosofia instalada nos poderes, vai sobrar muito peso para a população carregar. Hoje mesmo (quarta, quando escrevo) li em algum jornal que o pessoal da tal máquina administrativa está pensando em aumentar o valor do Pis Cofins. Falta tutu para pagar os exageros de despesas da tal máquina, assaltam o bolso de quem está lutando pela subsistência. Para piloto de escrivaninha isto é natural. Cortem as mamatas, mordomias e carguinhos exagerados que muita economia será feita. E isto tem de ser de mamando a caducando, de municípios à federação. Por que só as famílias tem de sofrer? O esforço precisa ser geral. Esperemos que pelo menos nesse assunto os senhores congressistas consigam dar um sonoro não.
Temos assistido pelo noticiário que alguns “deuses” (políticos) evitam os espaços públicos com medo de reclamações. Político bom é aquele que sai às ruas, conversa com o povo, pois sabe que tem um curriculum limpo e não é “pau mandado de ninguém”. E tem outros que até mandam fazer livrinhos para ver se ficam bem na tal da história. Que façam isto, porém, com verdades comprovadas e valorizando, inclusive, adversários. Se assim não fizerem, em algum momento, poderão se deparar com algum diário de alguém que presenciou e participou de fatos, que desminta a história tramada. É a famosa frase do tal de Lincoln: “ninguém engana a todos por todo o tempo”. Política é coisa séria e não comporta segredinhos e nem trairagens. Muito do que está acontecendo e aparecendo no país reforça essa preocupação. Os mais jovens, que pretendem algum dia protagonizarem a defesa dos interesses do povo, precisam aprender que o que ocorre atualmente é totalmente desonesto e sujo.
Estamos vivendo a semana das crianças. Dia desses, ao me encontrar com o amigo proprietário do trenzinho da alegria, o mesmo me fez recordar que já faz 32 anos que esse trem vem por aqui. Foi na época quando o Paulinho Rapassi ou o Gilmar Fernandes foram presidentes da ACV.
Seria muito bom que os senhores congressistas lembrassem que suas atitudes, as boas e as más, influenciarão a vida desses pequeninos nas próximas décadas. Por isso, esperemos que tomem apenas boas atitudes.