Como se não bastassem o problema ocorrido em Janaúna (MG), onde várias crianças perderam a vida, além do desequilíbrio mental de Serial Killer, responsável pela morte de 14 crianças em Niterói, Rio de Janeiro, mais uma semana que se passou em clima de tristeza e de preocupação para os brasileiros.
Perplexos, tomamos conhecimento, através dos noticiários da televisão, na sexta-feira, dia 20 do corrente, mais um episódio envolvendo nossos adolescentes. Desta vez, na cidade de Goiânia, onde um aluno abriu fogo contra colegas de classe, matando dois e deixando quatro baleados.
É o tipo de tragédia que pode acontecer a qualquer momento em qualquer lugar, por sinal, um caso envolvendo atritos de vingança e, nessas condições dramáticas, duas vidas perdidas na flor da idade, o que é profundamente lamentável, além da angústia de duas famílias, acompanhando os filhos internados.
Tragédia também para a família do atirador e para esse jovem inconsequente, que terá a vida marcada por esse episódio.
Nos relatos de colegas e funcionários do colégio, o perfil do atirador é de um bom aluno, com notas acima da média e participativo das atividades promovidas pelo colégio, mas em todos os depoimentos há também a confirmação de que era vítima de ataques de colegas.
Um triste alerta sobre a necessidade urgente de que essas escolas, famílias e sociedade estejam mais atentas e reconheçam a importância das práticas de combate à violência e à inclinação de quem está propenso a tirar vidas inocentes e do próximo.
Infelizmente, parece que começamos a importar casos típicos da cultura norte-americana, onde ao longo dos últimos anos vários ataques de estudantes contra os próprios colegas foram registrados.
Segundo a imprensa, o atirador de Goiânia declarou ter se inspirado em massacres como o de Colombine, nos Estados Unidos e o de Realengo no Rio de Janeiro, um repouso em sua cabeça pouco recomendado em vez de partir para o caminho do bem e do aperfeiçoamento no convívio familiar.
Em uma fase da vida em que deveria ser de boas descobertas de estabelecimento de amizades que duram toda a vida, de vivenciarmos momentos inesquecíveis, meninos e meninas hoje estão assustados e acuados pela violência que se emprega por parte daqueles que se utilizam desse expediente.
Em meio à correria da vida moderna e ao distanciamento de algumas situações de progresso e da tecnologia, acabou trazendo como consequência negativa na vida das famílias uma parte dos adolescentes, que parece estar isolada de uma boa formação a contento e de boa qualidade.
Vulneráveis à maldade de outros colegas, esses podem se tornar perigosos e bonbardearem a vida de quem não tem a mínima ligação com o mal comportamento de um modo geral.
É de se esperar que todas as escolas adotem esquemas de segurança contra alunos que, por um motivo ou outro, partam para o crime, semelhante ao da cidade de Goiânia.
Não basta somente às autoridades competentes a missão de por fim à violência e aos crimes em escolas ou mesmo em creches. A Sociedade, toda reunida, deve estar engajada nesta luta e que seja em benefício da tranquilidade dos alunos e professores, já que eles, professores, já foram atingidos fisicamente por alunos mais exaltados.