W. A. Cuin
“Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas”. (Jesus- Mateus 11:28)
Segue Jesus conclamando, isso há mais de dois mil anos, “vinde a mim vós que sofreis e eu vos aliviareis”, no entanto ainda descuidada a humanidade prefere ouvir seus próprios apelos e trilhar seu passos pelas sombrias vielas do egoísmo e do orgulho, entendendo que tem a receita da felicidade, procurando pelos prazeres e realizações no mundo, enquanto o Cristo, em outro momento de rara beleza e oportunidade nos informou que “Ele venceu o mundo”, portanto não no mundo.
E as dores, decepções, angústias e incertezas, ao longo do tempo, tem sido as nossas companheiras e ao mesmo tempo nossos algozes, refletindo em nós mesmos, as ações que praticamos e que ainda estão bem distantes da necessária prática do Evangelho do Cristo.
Esclarecimentos e avisos edificantes não nos tem faltado, pois que vivemos um momento, na vida social, que identificamos com imensa facilidade, a quantidade enorme de valiosas e oportunas informações. Alegar ignorância, nessa altura dos acontecimentos seria até dar provas de descaso e insensatez.
Queremos ser felizes, desejamos a paz. Mas o que temos feito de real e concreto para a conquista de tais benesses?
Jesus sentenciou “amai-vos uns aos outros” (Jesus- João 15;12), mas nossas atitudes demonstram o contrário, uma vez que pouco esforço fazemos para renunciar algo em favor do nosso irmão.
Pediu que “perdoássemos até sete vezes sete vezes”, (Jesus - Mateus 18, 21-22) no entanto com grande facilidade ostentamos o ódio, a maledicência e a raiva em nosso âmago, como a cultivar uma represa estagnada e pestilenta irradiando contaminações e odores fétidos.
Ensinou que “os são não precisam de médico” (Jesus- Mateus, 9: 9), mas ainda não nos interessamos por desenvolver a sensibilidade de observar no próximo um vasto campo de trabalho e ações de caridade.
Mostrou aos seus discípulos que “quem quer ser o primeiro deve ser o último e o servidor de todos” (Jesus – Marcos, 9:13), no entanto é muito comum em nosso meio o desejo imenso de sermos os primeiros, os destacados, usando para tanto qualquer método ou comportamento visando alcançar a posição de brilho no mundo, mesmo que para isso tenhamos que ferir aqueles que, possivelmente, tentam empanar as nossas pretensões.
Falou da necessidade de sermos humildes quando proferiu que “aquele que se exaltar será rebaixado” (Jesus – Mateus, 23:12), condenando, obviamente o orgulho e o egoísmo, essas deletérias e terríveis chagas que tantos males e prejuízos oferecem à humanidade, mas temos imensas dificuldades de vivermos tal recomendação.
Sugeriu a receita da paz ao ensinar “amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem” (Jesus - Mateus, 5:43), mas a humanidade tem ignorado tal preceito cultivando ainda a animosidade, a violência e a intolerância, bases nocivas que tem esparramado a guerra, a discórdia e o sofrimento no contexto social.
Esclareceu sobre a importância da fé quando disse “Bem aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus” (Jesus - Mateus – 5:8), mas desejando conquistas imediatas, o homem se sente tremendamente infeliz e descrente quando seus anseios e desejos não se realizam rapidamente.
Assim, distantes das imprescindíveis lições do Evangelho de Jesus, tanto do conhecimento profundo sobre elas quanto da sua prática, trilhamos nossa vida na desobediência e no descaso, colhendo a safra dolorida das nossas plantações descuidadas.
Reflitamos....