Mesmo já tendo escrito sobre o tema em outras oportunidades, volto a um assunto que considero importante para a melhora da situação nacional. Repito a forma como trato a situação partidária no país: uma Ditadura Partidária.
Talvez, hoje, um dos bons negócios no Brasil seja o camarada ser dono de um partido, sempre existe alguma verbinha fácil.
Mesmo com todos os equívocos do atual presidente e após ter se safado por duas vezes de um afastamento às custas de um troca-troca extemporâneo, o pessoal do Congresso parece estar exigindo mais e mais. Com os interesses pessoais colocados acima das necessidades da nação, o pessoal do Legislativo, nem todos, claro, está mandando recados ao Executivo que nada votará em prejuízo próprio.
Os partidos políticos, por sua vez, nada fazem para que a situação mude e os interesses do Brasil falem mais alto. E, sem dúvida, se algum legislador “cantar de galo”, é possível que o partido lhe negue legenda para as próximas eleições. Por isso mesmo, sempre escrevo que existe no país uma Ditadura Partidária. Essa ditadura impede até que novos e bons nomes possam surgir na política. Com isso, vamos caminhando cada vez mais aceleradamente para dias piores.
Já escrevi, também, que não culpo apenas os atuais legisladores pelo que acontece no país, pois, no passado muitas burradas foram cometidas. Aproveitando minha idade, o que li no passado e acredito que as grandes bobagens tiveram início nos últimos quarenta anos. Parece-me que, no passado, antes desses últimos quarenta anos, os tais “vestais” eram mais comedidos, pensava-se mais no país, os mandatos eram mais respeitados, havia mais coragem e penso até que haviam menos dependentes e puxa-sacos.
No próximo ano teremos eleições estaduais e federais. Todo o pessoal que está instalado em algum cargo, sem dúvida, já está se preparando para conquistá-lo de novo. Se tivesse havido uma reforma política consistente, é possível que mais que uma reeleição já estivesse barrada. Precisam existir mecanismos que provoquem renovação de valores e ideias. Já ouvi de algum comentarista, de rede de TV importante, que não votar em quem já possui cargo legislativo federal provocará uma a renovação de valores e cabeças no nosso parlamento. Se outros comentaristas seguirem o mesmo caminho e a ideia pegar, pode ser que em poucos anos tenhamos outra forma de pensar e avaliar nossos deputados, pode ser que a política não seja identificada com bandidagem.
Vivemos novos tempos, as pessoas estão melhor informadas, as necessidades são mais prementes e, por isso e muito mais, acredito que os detentores de cargos públicos reciclem seus métodos para não serem ceifados por incompetência, por corporativismo e, também, por desumanidade.
Também de nada adianta reclamar sobre os mandatários atuais, pois, como dizia Churcchil: “ninguém é suficientemente competente para governar outra pessoa sem o seu consentimento”. Pois é, os que estão aí foram votados pelos eleitores.
E, lembrando as dificuldades atuais, existe uma outra frase do Churcchil muito interessante: “se você está atravessando o inferno não pare”. Para muitos, está muito difícil, porém faça um esforço e continue a caminhada, em algum momento poderá surgir uma luz.
E, lembrando nas próximas eleições, comece pensar em quem votar tendo como exemplo um ditado muito interessante: “a diferença entre um estadista e um demagogo é que este decide pensando nas próximas eleições, enquanto aquele decide pensando nas próximas gerações”. Os eleitores que se preocupam com nossas crianças e nossa mocidade possivelmente escolherão um estadista, se a ditadura partidária e os grupos de interesse permitirem que algum seja candidato.