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Driely Cristina dos Santos Bacharel em Administração de Empresas, Graduanda em Ciências Contábeis – Especialista em Tutoria EAD.
Artigo de Opinião
Adoção! Adoção? Adoção...
A realidade da adoção em nossos dias é uma conta que não fecha, para cada criança pronta para ser adotada existem seis pessoas dispostas a acolhê-las na família, mas a diferença entre o perfil idealizado e a situação real é que muitos adotantes almejam crianças que “não existem”. O perfil mais procurado é o de meninas, brancas de até um ano de idade, mas... Não, espere... vivemos em um país onde a população é bastante miscigenada. São muitas raças que formam o povo brasileiro, e a grande maioria foram os povos indígenas, africanos, imigrantes europeus e asiáticos. Sendo assim não é de se espantar que a população brasileira é dividida em 43,1% de brancos, 46,5% de pardos e 9,3% de pretos segundo o IBGE e o mesmo Instituto afirma que de 2012 a 2018, o número de declarados pretos aumentou em quase 5 milhões no país. A população branca segue encolhendo e pardos seguem sendo a maioria. Com base nestas informações é óbvio que a maioria das crianças aptas a adoção, não são brancas. Outra vertente é que grande parte dos pretendentes a adoção não aceitam crianças com deficiência e doenças crônicas, o que dificulta e muito a redução na quantidade de abrigados passíveis de adoção. Nos vemos novamente diante de uma situação óbvia. Uma criança necessita de cuidados básicos como alimentação adequada para seu desenvolvimento e higiene para zelar por sua saúde e é aí que está o X da questão. Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), apenas 5,2% das crianças em abrigos são órfãs e 18,8% foram abandonadas, partindo daí, temos o conhecimento de que a grande maioria deles vem de situação de rua, são vítimas de maus tratos e da falta de estrutura familiar. Resumidamente não tiveram alimentação adequada, na idade adequada para seu desenvolvimento e muito menos, tiveram quem zelasse por sua assepsia. Com relação a deficiências, apenas digo que um filho biológico ao ser gerado não é certeza de perfeição, mas infelizmente muitos adotantes buscam a perfeição em seus filhos não biológicos. Para concluir essa pequena abordagem do tema mencionado, temos a questão idade. A maioria das crianças aptas a adoção está fora da faixa etária mais buscada. O jornal O Globo publicou em sua página que das quase 5 mil crianças que já foram desligadas dos pais biológicos, 92% têm entre 7 e 17 anos. Comparando o percentual de pretendentes que aceitam a adoção tardia na última década, evoluímos, passamos dos 30% para os 46%, mas comparado a quantidade de crianças ainda não alcançamos a porcentagem ideal. Ressalto ainda que muitas dessas crianças e adolescentes possuem irmãos e apenas ¼ dos pretendentes aceitam esse perfil. O Tribunal de Justiça preza pela adoção conjunta de irmãos visando manter o vínculo familiar de sangue. A separação de grupos de irmãos só é aceita em casos excepcionais.
Para tentar maximizar a adoção tardia existem alguns projetos. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo criou o projeto “ADOTE UM BOA NOITE” que pode ser acessado através do site http://www.tjsp.jus.br/adoteumboanoite. Se você não é um candidato a adotar, também pode ajudar, o mesmo projeto também possui a opção “ADOTE UM POST” onde através das redes sociais você poderá ajudar a divulgar essa causa e fazer a diferença na vida de mais de 5 mil crianças.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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