Para visualizar a notícia, habilite o JavaScript na página!
Impressão bloqueada!
Para compartilhar esse conteúdo, por favor utilize o link http://www.acidadevotuporanga.com.br/artigo/2019/10/coisas-que-acontecem-por-aqui-n58275 ou as ferramentas oferecidas na página. Se precisar copiar trecho de texto para uso privado, por favor entre em contato conosco pelo telefone (17) 3422-4199 ou pela nossa central de atendimento: http://www.acidadevotuporanga.com.br/atendimento/fale-conosco
Vamos falar das atitudes da maioria, senão de todos os cidadãos brasileiros. Claro que uma pequena parte deles se salva. A nossa cultura é das piores. Culpa nossa? Creio que grande parte é nossa mesmo. Imagine você: quando um cidadão atravessa a rua no local errado, fora da faixa de pedestre ou numa situação de risco, os condutores de veículos abrem a boca e soltam aqueles palavrões absurdos, porque os pedestres são asnos e não fazem as coisas certas. Quando os condutores são os pedestres, qualquer atitude inusitada agora dos condutores, eles que estão errados, o pedestre está certo. Difícil entender isso. Na escola os professores é que têm de dar educação aos seus alunos, não os pais. Que eu saiba a missão dos professores é de alfabetizar ou profissionalizar seus alunos. A maioria das famílias pensa que quem educa é a escola. Isso não é verdade. Falta água, falta energia, falta moradia, mas sobram escândalos públicos. O empreguismo no setor público é coisa assustadora. A isso a boa aplicação da língua portuguesa chama de nepotismo. Na infância aprendemos que para conviver em grupo nem sempre as coisas podem acontecer conforme as pretensões. Aos poucos, nos relacionamentos em casa, vamos descobrindo que algumas atitudes não são bem aceitas pelas pessoas e daí passamos a exercitar nossas primeiras regras de convivência. Mas com o passar do tempo perdemos o hábito de sermos gentis com as pessoas. Devido o corre- corre do dia a dia, as pessoas se tornam estressadas, sem tempo para se divertir e aliviar suas tensões, pensando que têm o direito de maltratar os outros, o que na verdade não têm. Essas atitudes fazem com que as pessoas se afastem umas das outras, porque ninguém gosta de ser tratado de qualquer jeito ou com grosseria. Antes de tratar uma pessoa de qualquer jeito é bom colocar-se no lugar dela, tentar perceber aquilo que gosta e que não gosta ou como será sua reação ao ouvir o que você quer dizer. Gentileza gera gentileza. Existem regras básicas de como devemos nos tratar para conseguirmos manter um relacionamento agradável com todos. Desejar bom dia, boa tarde e boa noite com um sorriso no rosto, utilizando sempre que possível as palavras mágicas - por favor, com licença, obrigada; perguntar se está tudo bem; mostrar interesse pelas coisas do outro; ouvir com atenção o que o outro quer dizer; não falar por cima da fala do outro, mas um de cada vez; ceder a cadeira que você está sentado para as pessoas mais velhas, etc. Interessante, outro dia percebi que quem oferece seu assento aos mais velhos são os mais velhos mesmo. Os mais novos ainda não entenderam a utilidade desse tipo de educação. Sempre nos fará bem entender que as pessoas não são iguais e suas diferenças servem para enriquecer a vida, para trazer experiências de convivência que nos acrescentam valores desejáveis e morais. Olhar para o outro de forma a crucificá-lo, não aceitando ou desrespeitando seu jeito de ser pode fazer com que acreditemos que tudo deva acontecer de acordo com nossas vontades. E não é isso o que precisa ser feito. Na verdade o que o outro tem e mais nos incomoda é aquilo que gostaríamos de ter e, como não conseguimos, criamos resistência em aceitar que o outro alcance. Não se confronte ao outro, do contrário resista a sua própria capacidade de não aprová-lo. Esse critério te levará a conquistar novos sentimentos em relação às pessoas do seu convívio, além de fazer de você uma pessoa melhor e bem mais querida. Para pessoas entendidas no assunto a falta de cordialidade não se trata apenas de educação, vai muito mais longe. É uma questão de individualismo e ausência do altruísmo. "Hoje as famílias não se sentam mais a mesa para fazer uma refeição. Cada um faz seu prato e vai comer no sofá, no quarto ou onde quiser e as crianças crescem vendo esse comportamento". E isso não é privilégio de nenhuma das classes sociais, são todas. A escola procura ensinar a ética e os bons costumes tentando fazer com que o aluno leve isso para casa. Entretanto a referência dentro de casa é muito mais forte. A criança incorpora o estímulo incorreto e fica difícil mudar a situação. Vou contar um caso verídico: Uma determinada professora reclamou para colega que lecionava no ano anterior para uma mesma sala de aula que um determinado aluno era um ‘capetinha’ no comportamento e na educação. A professora que ouviu o pronunciamento da colega disse em seguida: Chame os pais dessa criança para conversar que você verá que esse aluno é um ‘santo’. Então o problema é familiar e não se restringe tão somente aos que estão frequentando a escola. Um linguajar caboclo diria que: se você tirar um suíno todo cheio de barro do chiqueiro e após dar-lhe um banho, devolvê-lo limpo de onde tirou, meia hora depois ele estará cheio de lama novamente. Esse é um sério problema da nossa Educação que foi relegada há tempos pelos políticos brasileiros, roubando-lhes as verbas a ela devidas e distribuindo criminalmente nos mais diversos caminhos que a justiça não consegue punir, talvez porque a legislação não permite.
Professor Manuel Ruiz Filho – Mestre em Contabilidade Avançada – Professor da Faculdade Futura
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
Endereço da notícia: www.acidadevotuporanga.com.br/artigo/2019/10/coisas-que-acontecem-por-aqui-n58275
Para compartilhar esse conteúdo, por favor utilize o link {{link}} ou as ferramentas oferecidas na página. Textos, fotos, artes e vídeos do jornal A Cidade estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Se precisa copiar trecho de texto para uso privado, por favor entre em contato conosco pelo telefone (17) 3422-4199 ou pela nossa central de atendimento: http://www.acidadevotuporanga.com.br/atendimento/fale-conosco