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Artigo
Por Rachel Juraski*
Rachel Juraski: mãe de cachorro e gato. Publicitária ocasionalmente.
Depois de 9 anos morando em Votuporanga, eu ia embora da cidade com a sensação de que nunca mais voltaria. Tinha passado no vestibular que queria, no curso que sonhava, ia para uma cidade grande, estava namorando e apaixonada pela primeira vez. Tudo estava certo.
No meio do caminho o curso não era mais tão legal assim. O namoro acabou. Eu me mudei dee cidade e fui parar em São Paulo. E lá fiquei por outros 11 anos, jurando que era o meu mundo, numa profissão que eu amava e que exerceria de bom grado até idosos anos.
Acontece que… roda mundo, roda-gigante. Roda moinho, roda pião. O tempo rodou num instante, nas rodas do meu coração. E em todas esses giros, a publicidade deixou de fazer sentido. De repente, os processos, as dinâmicas, a molecada do trabalho pareciam não combinar mais comigo. Ou eu com elas, tanto faz. E passei a me questionar muito se era nessa roda-gigante que eu queria dar minhas voltas.
Ao mesmo tempo, São Paulo se tornou muito cansativa. Vejam: eu cheguei com 25 anos, no auge da energia, da potência para baladas, shows, bares, eventos, trabalhar virando noite, sem hora para sair. Agora, aos 36, só de pensar em estar fora da cama depois das 10h da noite me bate um mal-estar brutal. E São Paulo tem aquelas outras coisinhas desagradáveis: poluição atmosférica e sonora, trânsito absurdamente sem condições de manter sua sanidade mental, transporte urbano de rir de vergonha, preços altíssimos para qualquer coisa, etc, etc, etc.
E aí que… nada mais fazia sentido. Apenas voltar para o interior, aquele lugar quente que um dia chamei de indisposição da alma. O interior não é uma localidade, é um estado de espírito.
Assim, voltei. Dezoito anos depois. Voltei para a feira na Praça São Bento, para as missas na agora Catedral, para os novos e os velhos amigos. Voltei para o habitat da família, dos tios, das tias, dos primos. E me sinto feliz. Me sinto satisfeita e plena.
Se vai durar? Não sei. Roda mundo, roda-gigante. Roda moinho, roda pião. O tempo passou num instante, nas rodas do meu coração.
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