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Esta frase, acreditava eu ser uma afirmação incontestável, infelizmente caiu por terra, pelo menos para mim que presenciei uma história no mínimo bizarra. Imagine você ser chamado na escola porque seu filho, uma criança que está em formação de personalidade, que está sendo educada a todo instante pela família, pela escola e pelos bons exemplos da sociedade, discutiu com um coleguinha e a discussão acabou em agressão física. Nada muito grave no sentido de ferimentos, mas extremamente grave quando se trata de educação, pois não podemos e não devemos permitir que as crianças concluam que com violência as coisas serão resolvidas. Pois bem, as duas famílias foram chamadas, as crianças orientadas sobre a atitude correta, a valorização do diálogo, o respeito ao próximo dentre outras coisas, mas, por questões regimentais, ambas foram suspensas das aulas por um dia e a famílias orientadas a conversarem com as crianças sobre essas atitudes violentas. Qual não foi minha surpresa quando encontrei novamente as crianças e elas me disseram como foi ficar um dia suspensas das aulas. A criança A disse-me que nunca mais agiria daquela forma, que a família toda se reuniu para conversar sobre o assunto, que ela não pode assistir TV, não pôde brincar no computador, nem brincar com outros coleguinhas, que sua mãe disse que não era castigo, mas que era para que ela percebesse que toda ação tem uma reação. Logicamente, falou com as palavras próprias de uma criança na faixa de 7 a 10 anos. Já a criança B disse que foi legal, porque chegou em casa e como a mãe tinha que voltar para o serviço e não poderia levá-la, ficou na casa da vizinha brincando. No dia seguinte, bem cedinho, foi para a casa da avó que mora em um sítio. Para não “perturbar” a avó nos afazeres, a mãe colocou em sua mochila, além de roupas, um celular, um vídeo game e anotado em um papel a senha de acesso para um canal de filmes e seriados. Ouso a dizer que colocou também uma enorme dose de impunidade. Ao final desse depoimento perguntei: e ninguém falou com você sobre o que aconteceu? Sua discussão com o coleguinha? E calmamente a criança me responde: “Não, minha mãe falou para meu pai e para minha avó que já estava tudo resolvido porque a diretora já tinha conversado comigo”. E aí vos pergunto, SOMOS TODOS EDUCADORES? Ou terceirizamos a educação de nossos filhos para o diretor, para os professores, para os inspetores, para os coordenadores? Enfim, educadores são só os que estão na escola? E atrevo-me a pensar que essas pessoas acreditam mesmo nisso e por isso seus filhos frequentam uma escola, para serem “educados”. Para concluir, escola ensina e família educa. O oposto é inversão de valores. A contribuição da escola no educar está focada em desenvolver esse indivíduo socialmente, ou seja, desenvolver na criança habilidades socioemocionais como bondade, cooperação e empatia. Educação é o resultado de trabalho coletivo. Precisamos refletir...
*Márcia Regina da Silva Louredo – Bibliotecária
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