Por Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Reprodução)
Por Graziele Delgado e Evandro Valereto
Olá, caro leitor. Você já ouviu falar de “economia burra”? Isso mesmo, você não entendeu errado. Você tem ideia do que seria isso?
Para começar, precisamos te contar um dado alarmante: o Brasil é um dos países que mais desperdiçam alimento no planeta, além da população se alimentar mal. Todos os dias, tem uma quantidade enorme de dinheiro indo para o lixo enquanto tanta gente tem fome.
Quando falamos em educação financeira, economia ou em poupar, a ideia é que tenhamos hábitos saudáveis, inteligentes e sustentáveis para nossa vida e nossa realidade. Fazer uma economia que pode fazer mal à sua saúde (física ou mental) e vir a causar mais gastos no futuro não é saudável, nem sustentável e, muito menos, inteligente. Por isso, o nome “economia burra”.
Vamos a alguns exemplos:
• Economizar de forma exagerada na alimentação para sustentar maus hábitos ou um estilo de vida que não compete a você. Esse é o tipo de economia em que as pessoas acabam se alimentando mal (por exemplo, comendo muito macarrão instantâneo) para ter dinheiro e frequentar festas ou sustentar vícios (como bebidas, cigarros, etc). A questão é: por quanto tempo é possível manter esse estilo de vida sem adquirir um problema de saúde?
• Estocar alimentos com validade próxima porque está em promoção no supermercado, ou ainda consumir esses produtos após a data de validade ter vencido. Esses produtos podem ser nocivos à saúde à longo prazo. Se jogar fora, estará desperdiçando dinheiro;
• Comprar algum produto que não está precisando só porque está “barato” ou em promoção. Produto estocado é dinheiro que poderia ser usado para lazer, investimentos, ou ainda evitar que você entrasse no cheque especial todo mês;
• Cortar o lazer para economizar. Nós, seres humanos, precisamos do lazer para nosso bem-estar mental e para ter uma vida mais equilibrada. É impossível viver muito tempo sem fazer algo que te dê prazer e isso aumenta muito as chances de você desistir dos seus objetivos e “meter o pé na jaca”;
• Cortar a academia, a dança ou a natação do orçamento para economizar. Uma das coisas mais valiosas que temos na vida é nossa saúde. À longo prazo, deixar de cuidar de você mesmo para economizar dinheiro pode sair muito mais caro e não ter retorno.
Como economizar com essas coisas, então? Use sua criatividade! Crie bons momentos em família; reúna seus amigos na sua casa. Isso normalmente sai mais barato do que sair para comer fora. Você pode estipular metas de gastos mensais para o lazer e sua saúde. Se não há dinheiro para pagar academia, faça exercícios ao ar livre, tenha o hábito de caminhar.
A educação financeira só é sustentável se lhe permite ter qualidade de vida no presente, garantida no futuro. Ter equilíbrio nas escolhas é fundamental para suas finanças e também para seu bem-estar: físico, mental e social.