Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Divulgação)
Olá, caro leitor! Você ouve falar diariamente sobre inflação, juros, taxa Selic, blá, blá, blá... Mas qual delas, de fato, é a mais importante e pode impactar a sua vida financeira?
Já falamos aqui sobre a taxa Selic. Ela reflete os juros de financiamentos, crédito, investimentos e poupança. Aliás, foi a queda dessa taxa (que vem sofrendo quedas recorrentes desde o início de 2019) que enterrou de vez a poupança. É oficial: deixar dinheiro parado na poupança te faz PERDER dinheiro. Nada é tão arriscado quanto isso (a não ser depender da Previdência Social para se aposentar). Como um todo, a Selic baixa também estimula o empreendedorismo e a dívida pública cresce mais devagar. Ela é um dos fatores que pode sinalizar que a economia está indo bem em um país.
A outra taxa que impacta diretamente sua vida, mas que ninguém comenta (porque é subjetiva), é a INFLAÇÃO PESSOAL. Assim como a inflação geral do país reflete a evolução dos preços de produtos básicos no geral, a sua inflação pessoal reflete a evolução dos seus custos, ou seja, do seu estilo de vida. E porque é tão importante conhecer sua inflação pessoal?
É simples caro leitor: de nada adianta a inflação do país estar controlada (por volta de 3%), se a sua inflação pessoal não está. Dificilmente sua inflação acompanha àquela que você ouve no noticiário todos os dias. Sabe aquela sensação, ano após ano, de que você não está saindo do lugar financeiramente? Talvez você até tenha sido promovido e ganhou um aumento de salário, ou conseguiu fazer alguma renda extra, mas tem a sensação de que nada mudou...
Isso é porque, provavelmente, suas despesas aumentaram junto com seus ganhos. É o que acontece com a maioria das pessoas: recebe um aumento e, automaticamente, começa a gastar mais. Frequenta mais restaurantes e barzinhos; compra mais itens de vestuário; troca de celular; troca de carro; compra móveis novos... Entra ano e sai ano e sua sensação é a de que está sempre estagnado.
Saber sua inflação pessoal é acompanhar os custos do seu estilo de vida. É prestar atenção ao aumento da sua despesa. Se você tem filhos estudando em escolas privadas e houve um aumento de 10% de um ano para outro, sua inflação pessoal também aumentou em 10%. Se houve reajuste no seu plano de saúde; está gastando mais no supermercado, enfim. Entenda a evolução dos seus gastos para perceber aonde você está perdendo dinheiro. O segredo do equilíbrio financeiro é sempre gastar menos do que se ganha e fazer reajustes de vida menores do que aqueles das suas receitas.
Só é possível acompanhar sua inflação pessoal (mensal ou anual) se você faz o controle de suas finanças pessoais e tem na ponta do lápis todos os seus custos, para conseguir acompanhar toda essa evolução. Se você ainda não faz um planejamento financeiro mensal, fica aqui a nossa dica para começar!