Artigo do Prof. Dr. Daniel Carreira Filho
(Foto: Reprodução/Internet)
Todos nós, independentemente da idade que conquistamos, temos diferentes formas de observar o mundo e aprender. Alguns de nós aprendem melhor quando ouvem, outros quando assistem, quando vivenciam conceitos (chamamos de prática real) e tantas outras possibilidades de tempo, no tempo (uns conseguem estudar durante o dia, outros a noite e alguns, ainda, nas madrugadas) e com recursos de aprendizagem os mais diversos.
Ao longo das últimas décadas educadores, pesquisadores e estudiosos do tema aprendizagem têm discutido a necessidade, urgente, de alterarmos as formas e meios de aprender.
Há alguns anos, podemos afirmar décadas, passamos a discutir a questão da Andragogia, que é o estudo da aprendizagem entre seres humanos adultos que, segundo pesquisas é distinto da aprendizagem entre crianças, a Pedagogia.
Outro ponto relevante, é a questão do uso das tecnologias da informação e comunicação, mais conhecidas como TIC´s. Muitos dos leitores deste artigo o farão em meio digital, por exemplo. Os cegos o farão por meio de softwares que leem o texto, de forma simultânea, “falando” fielmente o texto ao deficiente visual.
Um outro olhar pode ser lançado neste momento em que crianças, especialmente as de tenra idade, estão em casa com seus pais e familiares. Muitos pais, inadvertidamente, afirmam que colocar filhos na pré-escola é uma perda de recursos e tempo pois, no olhar destes, a escola não é lugar de brincar, esquecendo-se de que a ludicidade é o melhor caminho para a aprendizagem em tenra idade.
Pois bem, chegamos ao momento em que, por força da pandemia do “COVID-19”, todos os educadores, em todos os níveis de ensino, foram instados a encontrarem mecanismos para continuarem o processo de aprendizagem de seus alunos e alunas em seus respectivos lares.
O que é e onde se encontra a diferença? O encontro presencial, aulas em salas de aula em todos os segmentos de ensino, caracteriza-se pela atuação síncrona efetivamente próximos corporalmente. Esta é a relação na sala de aula.
Mas, o professor pode, no momento de sua aula presencial, se fazer valer de um vídeo previamente selecionado (gravado) e o exibir aos alunos para, com eles, discutir o tema. Temos, então um meio assíncrono concomitante com o meio síncrono. O professor que desenvolveu o vídeo o fez em determinado tempo anterior, podendo ser muito anterior ao momento vivido, e os alunos ouvem, analisam e estabelecem aprendizados distintos e o professor presencial provoca diálogos, solicita posicionamentos e amplia o horizonte de observações sobre o mesmo fenômeno vivido. Este conjunto pode ser chamado de “modelo híbrido” de aprendizagem.
Em outro universo, o do ensino totalmente a distância (mais conhecido por EAD) o processo é totalmente assíncrono e eventualmente síncrono. O professor cria o texto, vídeo ou o chat e os alunos, cada qual em seu tempo e momento, participam ouvindo, lendo ou assistindo a um vídeo e, individualmente, elaboram suas análises, contribuem no grupo (Chat), também de forma assíncrona e a aprendizagem se processa. O tutor, no caso do EAD, analisa os posicionamentos e interfere (melhor seria faz a mediação do conhecimento) de forma individual ou grupal de acordo com os avanços observados.
No momento, a opção que melhor se ajusta aos alunos dos cursos presenciais, impedidos da presença coletiva em uma mesma sala de aula, e que garanta a mediação do conhecimento com a presença síncrona do docente e alunos, foi, para a Futura e todas as demais instituições de ensino da Educação Básica e Ensino Superior do Grupo Educacional Faveni, a “derrubada das paredes imaginárias” e termos uma sala de aula remota com as mesmas características de participação ativa de alunos e professores. Ao docente cabe a continuidade do desenvolvimento dos conteúdos em suas aulas remotas, respeitados os mesmos horários de encontros presenciais. Aos alunos a possibilidade de intervir (“levantar a mão e perguntar ao professor) durante a “aula” e todos os atores sociais mobilizados na direção do aprendizado. Por fim, a necessária ampliação e aprofundamento de conhecimentos é garantida, também, por meios assíncronos com o encaminhamento de leituras complementares, vídeos e outros instrumentos de aprendizagem disponibilizados aos alunos, como ocorre em aulas presenciais normalmente.
Ainda mais, os órgãos oficiais de controle da Educação Nacional: Secretarias de Municípios, Estados e União encaminharam sugestões para que cada uma das instituições de ensino adotasse seus mecanismos com o único objetivo de não interromper as aulas (em novos e desafiadores modelos) e garantir que o aprendizado se processe em todos os níveis de ensino.
Aprendemos que aprender não tem limites. O que nos faz lembrar de uma frase da professora Liselot Diem, “Quem se preocupa com a aprendizagem de humanos não estabelece limites fixos para o processo de aprender”. Estamos vivos, ativos e operantes, todos os atores sociais.
Núcleo de Ensino e Regulação da Educação
Grupo Educacional Faveni
Mantenedor da Faculdade Futura