O tempo e os seus problemas com políticos safados (nem todos), tem sido o desespero de muitos na sociedade contemporânea. A aflição que atinge a sociedade à nossa maneira de ver e de sentir, massacra de tal modo os mais oprimidos, tanto pelo que ganham quanto pela importância que a sociedade o enxerga.
O homem moderno vive em um momento de crescente evolução dos meios tecnológicos, onde a enxurrada de informações e contatos segue em uma velocidade estarrecedora. Com isso, espera-se do homem um aprendizado na mesma velocidade, mas não apenas em favor de si próprio e sim em favor da sociedade, principalmente da família menos favorecida.
Queremos que o homem corresponda, cresça, viva e se relacione na mesma velocidade da máquina, custe o que custar. O que estamos presenciando é a prática da mentira, da sem-vergonhice, de despudor e do desrespeito com a Nação. Politicamente estamos falidos por acreditarmos em eleições passadas, numa leva de desordeiros, que se aproveitaram de seus cargos em benefício de seus interesses particulares, saqueando os cofres públicos onde foi depositado em dinheiro o suor de cada cidadão brasileiro honesto.
Este não é o País que a família brasileira sonhou. Em l964, brasileiros ao pé da letra, se propuseram a desbancar a pouca vergonha que vinha ocorrendo na administração deste país. Renovaram nossas esperanças, construíram ferrovias, abasteceram o país de energia com a hidroelétrica de Itaipu, enriqueceram a educação, a moradia, a saúde e a ordem democrática. Por falar em renovação de esperanças, onde estão as entidades representativas de nossa cidade? Qual a razão do silêncio? A Associação Comercial ao invés de conversar com seus associados, com aqueles que contribuem mensalmente, optou por falar com os mandatários das medidas impróprias para o bom funcionamento do comércio, dentro de gabinete fechado. Tem medo? Por que então entrou na representatividade? Onde estão os dois sindicatos de classe? O das empresas, cadê a manifestação para o não fechamento (falecimento) das empresas que representa? O sindicato dos empregados, por que não veio a público defender essa enxurrada de demissões? Ou só quer associados para receber mensalidade e discutir que dia começam a abrir o comércio a noite em vésperas natalinas? Por que essas entidades não entraram em contato com a OAB para ter amparo legal para reivindicar direitos? A OAB, por que não procurou as entidades para orientá-las, já que muitos empresários utilizam os serviços de seus associados o ano todo? Sem clientes nenhum profissional liberal consegue manter suas atividades em dia. É uma pena que num momento de tanta angústia econômica sofrida pelas empresas, por motivos indecifráveis (não muito), entidades do Direito não procuram sua clientela para averiguar o que seria bom, claro e evidente fazer junto aos órgãos de Defesa.
Afinal, é preciso compreender que, se eu não tenho renda, não terei como sobreviver. Se o problema é do meu cliente, também é problema meu. Desrespeito à Constituição todo mundo sabe que existe, basta que alguém se propõe a lutar pelos direitos da Carta Magna. Mundo complicado é esse, acho mais coerente pará-lo, talvez seja melhor que eu desça dele.
*Professor Manuel Ruiz Filho – Mestre em Contabilidade Avançada