Graziele Delgado e Evandro Vareleto. (Foto: A Cidade)
Bom dia caro leitor! Tudo bem com você? O artigo de hoje é para te contar como funciona uma corretora de valores, qual seu papel e o risco de fazer suas aplicações por meio dessa instituição financeira. No cenário instável que estamos vivendo, muitas pessoas têm questionado as possibilidades de perder seu suado dinheiro e, como você sabe, nosso papel é te informar.
Antes de falar diretamente sobre as corretoras de valores, precisamos discutir sobre o cenário financeiro do nosso país: na nossa história, somos uma nação extremamente dependente de bancos (públicos ou comerciais), que teve pouco espaço para atuação de outras instituições financeiras. Até hoje, temos cerca de seis grandes instituições bancárias que detém grande parte dos clientes e “controlam” o mercado. O que isso significa? Resumindo, que somos muitos dependentes de bancos em nossa vida financeira cotidiana. Humanamente falando, somos resistentes ao “novo” e tendemos a permanecer em nossa zona de conforto. Por isso e também por falta de informação suficiente, muitas pessoas têm medo de utilizar os serviços prestados por corretoras.
Uma corretora de valores é uma instituição financeira voltada ao ramo de investimentos. Até este momento, essas instituições ainda não oferecem produtos e serviços bancários como empréstimos, financiamentos, pagamentos e cartões de crédito ou débito (isso pode mudar a qualquer momento dentro desse cenário que estamos vivendo). Basicamente, seu papel é ser uma “ponte de ligação” entre o investidor e os ativos financeiros disponíveis no mercado: ações, títulos públicos, fundos de investimento, etc. Além de fazer essa ponte, permitindo a negociação direta entre você (investidor) e os ativos, as corretoras também contam com uma equipe de profissionais cujo papel é divulgar informações ao investidor, como os relatórios contábeis das empresas, bem como indicar investimentos de acordo com seu perfil de risco e algumas até oferecem cursos de investimentos específicos.
Porque investir por uma corretora e não em um banco? Primeiramente, porque a corretora costuma ter tarifas (chamadas de taxas de corretagem) mais interessantes do que um banco, pois sua estrutura de manutenção costuma ser mais barata. Algumas até oferecem corretagem ZERO para determinados investimentos, como o Tesouro Direto e outros ativos de renda fixa. Outro motivo é que a corretora funciona como um hipermercado, que contém uma variedade de marcas de ativos bem maiores, enquanto o banco seria um mercadinho de bairro, que oferece pouca variedade e produtos com rentabilidades menos atrativas.
E se a corretora falir? Primeiro, você precisa entender que a corretora apenas faz a intermediação da compra e venda de ativos. Uma vez que você comprou os ativos com o dinheiro que tinha na conta, ele não está mais com a corretora. A B3 é uma empresa responsável por fazer os registros dos ativos ligados a um número de CPF e, portanto, se a corretora quebrar, basta você escolher outra instituição para cuidar dos seus investimentos. O único risco de perder dinheiro é se você deixar dinheiro na conta da corretora, sem estar investido. Aí sim, se a corretora fechar, você perde.
Bom, é assim que funciona uma corretora: ela é uma intermediária da negociação de ativos. Portanto, não precisa temer. É claro que, quando você for fazer a transferência do seu dinheiro de um banco para a corretora, pode encontrar argumentos contraditórios dos funcionários do banco. Mas isso é só para tentar não perder o cliente, muitos funcionários de banco nem sequer sabem como funciona uma corretora e qual é o real risco. O que vai te fazer seguir em frente nessa troca é a informação que você tem sobre os serviços.