Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Arquivo Pessoal/ A Cidade)
Bom dia caro leitor! Tudo bem com você? Esperamos que sim! Há algumas semanas ocorreu uma polêmica no mundo dos investimentos: o Banco Itaú fez uma campanha de marketing “atacando” os assessores de investimentos, mais precisamente os ligados à empresa XP, alegando que eles estariam indicando os investimentos mais interessantes para o próprio bolso e não de acordo com os interesses dos clientes (isso porque muitos deles são remunerados de acordo com alguns tipos de investimentos). Obviamente a XP respondeu e isso acabou virando um embate online entre o maior banco comercial e a maior corretora de investimentos do Brasil. O desfecho dessa história pouco importa: já comentamos em um dos nossos artigos sobre o funcionamento das corretoras de investimento e hoje vamos falar um pouco sobre o trabalho dos assessores.
Para início de conversa, precisamos deixar claro que um assessor de investimentos é um profissional do mercado de capitais que cuida dos investimentos dos seus clientes, baseado em seu conhecimento técnico de mercado, no perfil de risco e nos interesses de cada cliente (obviamente, as pessoas buscam os investimentos pelos mais diversos motivos). Por ter um conhecimento mais especializado, ele é o responsável por fazer a ponte entre as ferramentas disponíveis (como aplicativos, sites das corretoras, utilização das ferramentas) e o investidor.
É importante destacar que a decisão de escolha dos ativos NUNCA é do assessor: essa é uma responsabilidade do investidor. O trabalho do assessor será o de esclarecer quais são as possibilidades disponíveis, explicando as possíveis consequências de cada decisão já tomada, levando em consideração seus objetivos (de curto e longo prazo) e te ajudar a utilizar as ferramentas (como o Home Broker) da melhor maneira possível.
Contratar um assessor de investimentos NÃO substitui o conhecimento: seja curioso e aprenda sempre! Ninguém cuida melhor do seu dinheiro do que você mesmo. Isso significa que, ao contratar um assessor, você não deve transferir a responsabilidade de tomar boas decisões de investimentos a ele: enquanto ele mostra os caminhos possíveis e suas consequências, você toma decisões. Por isso é importante fazer disso um processo de aprendizado.
Um último conselho: não confunda um assessor de investimentos com um consultor financeiro. O consultor é um planejador: ele vai te ajudar a traçar os caminhos para alcançar os seus objetivos financeiros, analisando sua vida financeira e te orientando quanto deve ser poupado para cada sonho, de que forma sua vida financeira deve ser organizada. Já o assessor vai te mostrar, muitas vezes em números, as vantagens e desvantagens de alocar em determinados ativos; quais rentabilidades esperar de cada um; etc.
Se você está começando agora no mundo dos investimentos, não tenha preguiça de estudar: busque por informações, procure pessoas que são referências nesse mundo; leia livros a respeito. Independente de banco ou corretora, qualquer um dos personagens dessa história podem se tornar vilões se você for inocente demais e não se munir de conhecimento. Lembre-se que em todas as áreas há profissionais éticos e não éticos e é o seu nível de conhecimento que vai te guiar na escolha de um bom profissional, que te ajude a realizar seus sonhos. Não confie seu dinheiro a qualquer um!