Luís Henrique Oliveira Nascimento (Foto: Divulgação)
O termo alfabetização digital tem sido usado para designar uma forma de aprendizagem da escrita, que inclui os sinais, gestos e comportamentos necessários para ler e escrever em computadores e outros dispositivos digitais. Algumas pesquisas empreendidas por Emília Ferreiro evidenciam que o computador não interfere no conceito de representação da escrita alfabética. No entanto, seu uso influencia o aprendiz em várias questões: na noção de espaçamento e nas decisões sobre a disposição do texto em página; na experimentação de formas, cores e tamanho das letras; na percepção das marcas e correções automáticas de ortografia. Considerando que a multimodalidade tem se aprimorado muito no ambiente digital, a inter-relação entre som, linguagem e símbolos visuais pode exigir uma expressão mais clara entre ideologia e alfabeto. Com novos recursos de sonorização é possível que a criança explore as relações de simultaneidade entre o que tecla e/ou fala e o produto escrito que vê.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), cerca de 87% da população mundial estão sem aulas no mundo inteiro devido à pandemia de Covid-19. O novo coronavírus traz impactos para todas as etapas da educação, porém para os estudantes que estão no período de alfabetização há uma escassez de alternativas tecnológicas que substituam as figuras do professor e da escola no processo de aprendizagem. Sabe-se que a alfabetização no Brasil já é um desafio por si só, e tem só crescido nesse momento de isolamento social, o que faz com que gere uma certa preocupação nos educadores. Nesse momento é necessário que a família incentive a estudar, seja por ações realizadas através de uma leitura em grupo ou até mesmo o uso de vídeos educativos.