Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Arquivo Pessoal/ A Cidade)
Olá querido leitor! Esperamos que esteja tudo bem com você! Apesar dos pesares, é inegável o quanto o ano de 2020 passou rápido, não é mesmo? Ou será que nós é que evoluímos muito a ponto de não percebermos o tempo passar? Você apenas sobreviveu a 2020 ou está orgulhoso em olhar para trás e perceber que sobreviveu ao caos? Crises sempre acontecerão e nós acreditamos muito que “mar calmo nunca fez bom marinheiro”. Karnal costuma dizer que qualquer pessoa é capaz de dirigir bem em uma estrada reta, com asfalto bom e tempo limpo, mas só os melhores motoristas são capazes de o fazer em uma estrada de curvas, cheia de buracos e com tempo chuvoso. Mas esse não é o assunto do nosso artigo.
Nossa intenção hoje é te dar algumas dicas para não afundar de vez sua vida financeira agora, nos 45 minutos no segundo tempo. É isso mesmo: essa época de final de ano e todos os rituais que ela traz consigo podem te proporcionar um ano de 2021 cheio de dor de cabeça, com todos os efeitos colaterais que um endividado passa ao deixar as coisas degringolarem. Já é cientificamente comprovado que problemas financeiros afetam nossa saúde física e emocional – eles são capazes de gerar ansiedade, insônia, enxaquecas, distúrbios gastrointestinais, depressão, conflitos familiares e até mesmo suicídio. Melhor prevenir do que tentar remediar, não é mesmo?
Essa época do ano é especialmente perigosa para o nosso bolso por muitos fatores emocionais: já estamos cansados do ano que passou – especialmente 2020, com tudo o que aconteceu -, temos uma sensação de esgotamento físico e psicológico e queremos tentar relaxar e nos renovar para o ano que virá. O problema é que, se você recebeu seu 13° salário, está se sentindo muito poderoso e corre o risco de cair nas próprias armadilhas do seu cérebro: “eu mereço esse sapato porque trabalhei o ano todo”; “eu mereço essas férias porque esse ano foi muito difícil” (mesmo que tenha que pagar em 25 parcelas); “eu mereço...”. Ninguém pensa na parte “eu mereço começar o ano de 2021 ferrado financeiramente porque estou comprando como se não houvesse amanhã”.
Como economizar nessa época do ano? Bom, o primeiro passo é comprar de maneira mais consciente e tentar gastar o mínimo possível: se você tem impostos e anuidades para pagar no começo do ano, é melhor se segurar para ter dinheiro e cumprir todas essas obrigações: IPVA, IPTU, seguros, material escolar, anuidades de conselho, etc. Já separe esse dinheiro para não correr o risco: longe dos olhos, longe do coração.
Quanto às festas de final de ano, a palavra-chave é PLANEJAMENTO. Isso mesmo: faça um planejamento de quanto pode gastar, quantas pessoas vai receber na sua casa – não se esquecendo de que estamos em um período de pandemia, cuide dos seus –, qual será o cardápio para cada refeição. Compre tudo o que não é perecível com mais antecedência: já é comprovado que deixar para a véspera te faz pagar mais caro por alguns produtos.
Já dizia o ditado que “o combinado não sai caro”, então é essencial conversar com seus familiares e já deixar tudo nos conformes: quanto cada um vai pagar ou o que cada um vai trazer para a comemoração. Vivemos a cultura do compartilhamento, por isso não é vergonha nenhuma reunir pessoas e cada um oferecer algo. Não final das contas, não fica pesado para ninguém. Vamos nos lembrar a diferença de valor e preço: nesse momento, ter a festa mais glamurosa não é essencial, mas sim estar com as pessoas com quem amamos, não é mesmo? E já que estamos falando em compartilhar, ao invés de sair distribuindo presentes, que tal fazer um amigo secreto? Assim cada um leva um presente apenas e todo mundo sai ganhando.
Cuidar do seu bolso é essencial, afinal as finanças são base essencial para nosso bem-estar físico e mental. Talvez você tenha feito tudo errado em 2020. Talvez esteja endividado. A dica que nós deixamos é que você mude sua vida: vida financeira equilibrada é uma escolha e só você e sua família podem tornar isso realidade.