Vanessa Bortolozo (Foto: Divulgação)
Todo mundo precisa de alguma coisa para ser feliz na vida, mas o caminho para se alcançar isso não é um corredor livre e sem obstáculos. Nos deparamos muitas vezes com situações e mudanças inesperadas, e só quem consegue se adaptar bem a estas mudanças consegue alcançar aquilo que deseja.
No livro “Quem Mexeu No Meu Queijo?”, Spencer Johnson conta uma fábula esclarecedora que revela verdades profundas sobre mudanças. Ela acontece com quatro personagens (que representam partes de nós mesmos) que procuram por seu queijo (aquilo que se deseja na vida, seja um bom emprego, um relacionamento amoroso, dinheiro, saúde ou paz espiritual) em um labirinto (local onde as pessoas procuram por isso: a empresa onde se trabalha, a família ou a comunidade na qual se vive).
Resumo de “Quem Mexeu No Meu Queijo?”
Num labirinto, havia quatro personagens, dois humanos (Hem e Haw) e dois ratos (Sniff e Scurry) que todo o dia vestiam seus tênis de correr e corriam em busca do seu queijo.
Os humanos eram mais racionais, e os ratos eram mais instintivos. Um dia encontraram uma enorme montanha de queijo num local chamado “Posto C”.
Os ratos mantinham sua rotina. Chegavam cedo todos os dias, penduravam seus tênis no pescoço, inspecionavam o local para ver se havia mudanças, e então se sentavam para roer o queijo.
Os humanos acordavam mais tarde, já haviam abandonado seus tênis de correr e caminhavam sem pressa até o Posto C.
Um certo dia, o queijo havia desaparecido. Os ratos, instintivamente, colocaram seus tênis de correr e saíram pelo corredor em busca de novos queijos. Já os humanos, que não prestavam atenção nas pequenas mudanças que aconteciam diariamente ficaram surpresos com o que havia acontecido. Como o queijo era muito importante para os dois, ficaram muito tempo tentado decidir o que fazer. Tudo em que podiam pensar era continuar olhando para o Posto C vazio, dizendo que aquilo não era justo.
Durante muito tempo os dois humanos saiam de casa todo dia e iam para o Posto C, esperando que o seu queijo voltasse para lá, o que não acontecia, e ficavam tentando descobrir o que aconteceu com o queijo. Até que Haw falou: “Talvez devêssemos parar de analisar tanto a situação e ir procuram um novo queijo”. Mas Hem não queria acreditar que algo tinha mudado e que eles deveriam mudar também. Ele achava que não era justo, depois de ter corrido tanto para encontrar aquele queijo, ter que se arriscar novamente no labirinto.
Enquanto os ratos, que saíram antes para procuram um novo queijo, degustavam seu novo queijo no Posto N, os dois humanos continuavam no Posto C vazio, tentando entender o que havia acontecido e esperando que seu queijo voltasse.
Hew, totalmente pessimista, e com medo de mudar, continuou no Posto C, enquanto Haw saiu pelo labirinto. Enfrentando seu medo, Haw começou a sentir o gosto da aventura, e se imaginava saboreando o novo queijo, antes mesmo de encontrá-lo, isso o incentivava e o conduziria a ele. Ele sabia também que quanto mais rápido esquecesse o velho queijo, mais rápido encontraria o novo.
No final das contas, Haw encontrou um novo queijo, e ficou torcendo para que Hem, que ainda continuava no Posto C, perdesse o medo e resolvesse mudar de lugar, assim como o queijo.
Moral da história:
– A mudança ocorre: Continuam a mexer no queijo;
– Antecipe a mudança: Prepare-se para o caso do queijo não estar mais no lugar;
– Monitore a mudança: Cheire o queijo com frequência para saber se está ficando velho;
– Adapte-se Rapidamente à mudança: Quanto mais rápido esquecer o velho queijo, mais rápido encontrará um novo;
– Mudança: Saia do lugar, assim como o queijo;
– Aprecie a mudança: Sinta o gosto de aventura e do novo queijo;
– Esteja preparado para mudar rapidamente muitas vezes: Sempre vão continuar mexendo no queijo.
Reflexões:
– Será que nós sabemos lidar com as mudanças em nossas vidas? Ou será que assim como Hem, temos medo dela?
– Será que devemos nos conformar fácil com aquele pouco que conseguimos, ou devemos sempre procurar algo novo para nós?
– Por que geralmente achamos que as mudanças serão para pior?
– Ninguém simplesmente merece eternamente seu queijo por algo que já fez, devemos sempre estar fazendo algo para merecê-lo.
E por último “Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo”.