Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Arquivo Pessoal/ A Cidade)
Bom dia, caro leitor, tudo bem com você? Esperamos que sim! Bom, o assunto desse mês de fevereiro será dentro do universo das DÍVIDAS. Queremos dedicar as próximas semanas a falar desse problema tão latente entre os brasileiros, que tem como consequências os conflitos familiares, a depressão, a ansiedade e que acaba impactando de forma significativa na qualidade de vida das pessoas. Um artigo publicado na primeira semana de janeiro de 2021, pela Empresa Brasil de Comunicação – EBC, destacou que o número de brasileiros endividados cresceu no ano de 2020: a cada 10 brasileiros, 7 estão em situação de dívida. Como resolver esse problema?
Em primeiro lugar, é necessário fazer um diagnóstico da sua situação atual. Faça uma lista de todas as suas dívidas, e anote todos os detalhes que conseguir: quem são seus credores; qual era a quantia original do empréstimo ou do financiamento; quais são os juros de cada uma; quanto você já pagou; quanto ainda falta pagar. Quando falamos de renegociar dívidas, você precisa ter o máximo de informação sobre cada uma delas para conseguir acordos interessantes.
Parece clichê, mas se você já está em situação de dívida, PRECISA PARAR DE GASTAR. Não adianta empurrar o problema para debaixo do tapete e viver como se nada estivesse acontecendo: suas dívidas não vão sumir. Reduza seu custo de vida ao mínimo possível, à sobrevivência e pare de comprar qualquer coisa que não esteja ligado à essa sobrevivência. Entenda que dívidas são consequências de escolhas erradas, que você mesmo fez, e para lidar com o problema é preciso sacrificar o conforto presente.
O próximo passo é olhar para o seu orçamento: quanto você poderia pagar de parcelas para cada dívida? Quais são as despesas que você precisa reduzir na sua rotina? Existe alguma coisa que dá para eliminar da sua lista de despesas? Seria melhor suspender o uso do cartão de crédito? Você precisa saber a resposta para todas essas perguntas e, para isso, você tem que ter seu orçamento mensal em ordem. Faça uma lista de todos os seus gastos e coloque valores máximos para todos eles.
Agora você precisa analisar quais sacrifícios está disposto a fazer para sair dessa situação: aceita morar em um lugar mais barato? Venderia seu carro? De quais confortos você abriria mão hoje para resolver esse problema? Tem mais alguma coisa em casa que dá para vender? Tem alguma possibilidade de fazer renda extra? Você SEMPRE tem escolha. E lembre-se: passar por essa situação precisa ser em um curto período de tempo e com o máximo de sacrifício possível.
Se você já tem todas essas informações e sabe exatamente as possibilidades que tem de encaixar suas dívidas no seu orçamento, é hora de procurar seu credor e tentar renegociar. É importante tentar falar primeiro diretamente com seu credor. Caso não tenha essa possibilidade ou o credor não tenha se mostrado disponível a te ouvir ou renegociar, é hora de procurar outras alternativas. Hoje em dia existem muitas empresas que oferecem empréstimos a juros mais baixos ou ainda te ajudam a renegociar suas dívidas. Pesquise, busque opções e não feche o contrato com o primeiro que encontrar. Você também pode ficar atento aos “feirões limpa nome” que as próprias instituições financeiras e o Serasa-SPC organizam.
Por último: PARE de procrastinar a solução desse problema. Há quantos anos você tem vivido dessa forma? Quantos sonhos já deixou de realizar? Organizar sua vida financeira é ter controle sobre o seu dinheiro, é ter mais liberdade de escolha, é realizar mais sonhos. Quanto antes você resolver suas dívidas, amis condições terá de viver uma vida com mais qualidade e mais realizações. Não procrastine mais.