Grazi Cavenaghi (Foto: Divulgação)
Olá, querido leitor! É uma alegria recebê-lo hoje aqui no nosso espaço InspireAção.
No começo do ano fui convidada para participar de uma comunidade. O convite chegou pelo seu idealizador e fundador, juntamente a seus sócios, que já estavam há três meses alicerçando essa fundação.
Confesso que fiquei honrada, alegre e muito surpresa! Ser membro do Pólen Hub de Inovação, o primeiro da nossa região focado em educação, era uma grande oportunidade de troca, aprendizado e crescimento. Recorri, então, antes de escolher participar, a um recurso simples que uso há algum tempo: fazer perguntas e esperar a resposta do universo por meio de pequenos sinais.
O guardião da comunidade, naquela mesma semana apresentou-me a proposta. Propósito, identidade e valores, faziam sentido com os meus.
E agora: Ser ou não ser uma polinizadora?
Observei os sinais trazidos pelos significados.
Pólen são minúsculos grãos produzidos pela parte masculina da flor que são transportados para a parte feminina e assim ocorre a fecundação. Como alimento é uma riqueza nutricional.
A abelha =Ø”Ü: é a responsável pelo transporte do pólen e a principal polinizadora da natureza. Isso garante a vida no nosso planeta, já que 80% da produção dos alimentos depende da polinização. Ela também tem diferentes significados na história. No Cristianismo simboliza luz, lealdade, ressurreição e ordem. No hinduísmo o amor.
Decidi aceitar, e um sinal inesperado chegou: meu marido ganhou uma colmeia de abelhas! Imagine o meu espanto e ao mesmo tempo a alegria com a chegada de mais um sinal.
Em meados de janeiro tivemos nossa primeira reunião. Tomo a liberdade de chamar de “nossa”, porque desde a minha escolha por aceitar eu já me senti pertencente. Integrei facilmente a frase que estava na apresentação do convite:
“Queremos que você faça parte disso, sendo um membro co-fundador!” E o pertencimento é uma das leis da natureza, do amor.
Para mim, o espaço se tornou um campo seguro de colaboração, inovação, e crescimento: nosso, do nosso negócio e do nosso país. Sinto que temos a oportunidade de nutrir o mundo com negócios baseados na verdade, na colaboração e na prosperidade. Sinto que esse sistema vivo com essa proposta tão genuína nos permite pedir ajuda e estar sempre de mãos estendidas ao que precisar. Estamos aqui por algo maior, somos potências únicas, singulares, que quando conectadas, expandimos.
E mais um sinal aparece: percebo que à noite a entrada da colmeia é fechada com cera. Assim, protegem toda a comunidade. Para elas, que são insetos sociais, a sobrevivência individual depende da sobrevivência da colmeia.
Quanta organização, quanto propósito! Saímos então da dualidade da vida: não é o que é bom para mim ou para outro membro. O que faz a vida acontecer é a terceira força, aqui, a nossa comunidade. Sinto que isso foi mais um convite ao entendimento de que o mundo não é a dualidade, é a trindade, assim como diz a maioria das religiões (como por exemplo no Cristianismo - Pai, Filho e Espírito Santo), assim como vemos na constituição dos átomos (prótons, nêutrons e elétrons). Aqui, podemos aproveitar o campo de força eficaz que se forma entre a polaridade, o campo de criação, onde saímos do “ou” e adentrados ao “e”, o campo das infinitas possibilidades.
Sinto que em colaboração estamos protegidos, e lembro-me da frase atribuída ao imperador romano Marco Aurélio: “Aquilo que não tem utilidade para o enxame não é útil à abelha.”
Sinto-me feliz! Sinto que podemos honrar a nossa grandeza humana saindo da competição e indo para o mundo da colaboração.
Aqui saímos do medo e da escassez e seguimos o caminho do amor e da abundância.
E como nosso foco é progredir, vamos juntos?
Deixo aqui uma frase para reflexão, uma passagem do livro: “Liberados somos concluídos”, do autor Bert Hellinger, que traz clareza do nosso lugar de divino e único: “Faz parte da grandeza que eu reconheça em mim aquilo que de especial me foi dado e, ao mesmo tempo, aquilo que é especial em cada outro ser humano. Por isso também o especial é algo comum a todos os seres humanos e une, ao invés de separar, porque também o especial está a serviço do todo. Por isso o especial é mesmo, onde parece ser diferente, no todo, igual a qualquer outro.”
E também três perguntas:
- O que lhe foi dado de especial? Qual a sua identidade, o seu propósito?
- Como você pode se conectar com a grandeza do outro?
- Como você pode colaborar para proteger as várias comunidades que faz parte?
Esteja pronto para sentir, ouvir e ver os sinais.
E você concorda que a comunidade principal que fazemos parte é a nossa família? Que tal refletirmos sobre ela.
Esteja pronto para produzir e saborear o mel que toda a comunidade pode produzir, pois queremos um eu melhor, as pessoas à nossa volta melhores, um Mundo Melhor.
Vamos juntos?
Porque juntos somos +