(Foto: Arquivo Pessoal)
Qual foi a maior tristeza de sua vida? E qual foi a sua maior felicidade até hoje? Se você possui um grande sonho, qual é? O que você faz hoje para que esse sonho se realize? Se hoje fosse o último dia de sua vida, olhando para trás, valeu a pena ter vivido a sua vida? Como você gostaria que falassem de você, quando você não estiver mais aqui? Todos os dias quando você acorda, você se sente feliz pela sua rotina ou desesperado por ser mais um dia comum?
Perguntas como estas são capazes de conduzir a nossa existência, nos levam a pensar se estamos no caminho certo ou errado. Acontece que na busca substancial por questões materialistas, em determinado momento ficamos perdidos nos labirintos de nossos próprios questionamentos, e precisamos nos reequilibrar para perceber o que realmente importa diante do ato simbólico de viver. E digo simbólico, pois ninguém sabe me responder o que existe após esta passagem terrena com início e fim, algumas vezes com um fim repentino. Alguns vivem a vida como se fosse uma poesia, outros como se fosse uma guerra. O modo como se vive, depende de maneira intrínseca, do coração e da consciência.
É muito difícil tomar as rédeas de sua vida quando suas decisões podem impactar em diversas pessoas ao seu redor, as quais você ama e que muitas das vezes dependem de você. Decidimos ser mais fortes e lutar não por nós, mas sim pelos demais. Isso acontece com pais, filhos, familiares, amigos, emprego, relacionamentos. Mas quando você somente acelera, sem pisar nos freios para perceber a trajetória que está sendo traçada, o modo automático entra em ação e inibe o seu poder de decisão, raciocínio e inteligência emocional. Seu bem estar é exaurido, e qualquer sinal de afeto é apreciado como uma fonte de água no deserto, permitindo um estado de dependência emocional, fraqueza mental, e carência afetiva que podem destroçar a sua felicidade interior.
Sou classificado geralmente como um entusiasta da vida, ou humanista, por ser obcecado pelo poder de influencia do ser humano quando age com emoção, amor e compaixão. Ou seja, quando qualquer pessoa evita o seu lado racional e deixa de agir com bloqueios em diversas situações da vida. Ironicamente, é mais fácil perceber essa qualidade em crianças e animais, mas raramente em adultos. Se você não concorda comigo, tente hoje mesmo dar bom dia ou boa tarde a qualquer pessoa estranha na rua e veja a sua reação. Se você tiver sorte, irá ter retorno à sua saudação, mas quase sempre de maneira seca, fechada e desconfiada. Por outro lado, abane a sua mão e sorria para uma criança, ou apenas acaricie um cachorro, perceberá logo a diferença. O ser humano, quando age com emoção, amor e compaixão derruba muros e barreiras que são a causa de seu próprio aprisionamento por escolha consciente.
A iniciativa de passarmos por uma inquirição com as sete perguntas em nossa vida, é termos o controle sobre o presente. Pois quando refletimos sobre todos os acontecimentos e fatos que se passaram em nossa linha do tempo percebemos que ao longo dos anos nossos pensamentos e sonhos ganharam forma, e nada impede de podermos pensar e sonhar de modo diferente. Costumamos refletir sobre o passado para predizer nosso futuro, quando o correto seria conhecê-lo, mas não para poder repeti-lo, e sim para poder nos libertar dele e pensar em dimensões melhores e maiores. É claro que não há como sermos influenciados e moldados pelo passado, mas ter domínio sobre alguma liberdade no presente é melhor do que nada.
Não podemos esquecer, que em toda a humanidade, as pessoas sempre tiveram medo das mudanças pois se aterrorizam com aquilo que é desconhecido. Porém a única grande constante da vida humana, é que tudo muda. E nada impede de nós continuarmos com boas e evolutivas mudanças em nosso estilo de vida.