Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Arquivo Pessoal/ A Cidade)
Bom Dia caro leitor! Você sabe utilizar seu cartão de crédito? Estaria esse instrumento causando o suicídio das suas finanças? Vamos falar sobre essa mágica!
Começaremos te contando o porquê esta forma de pagamento pode, psicologicamente, causar seu suicídio financeiro. Diz a sabedoria que só aprendemos que não devemos colocar a mão no fogo porque sentimos a dor de ter colocado a mão no fogo. O cartão de crédito ameniza a dor do pagamento. Sabe aquela sensação de ter que abrir a carteira, contar as notas do dinheiro e esperar o troco? Pois é, isso é o que a psicologia econômica chama de “dor do pagamento” e ela pode, inclusive, fazer você repensar e desistir da compra. Com o cartão de crédito (ou débito), essa dor praticamente não existe. Usando a mesma lógica do fogo, não aprendemos a usar o nosso dinheiro de forma consciente.
Outra mágica que o cartão de crédito proporciona na nossa mente é a mudança do tempo em que consumimos e, de fato, pagamos pelo serviço/produto. Ao pagar utilizando essa modalidade, despertamos duas sensações (inconscientemente):
1) Sentimos que só pagaremos por essa conta mais tarde (no momento da fatura);
2) Sentimos que essa conta já foi paga (porque já passamos no cartão).
Sabe o que acontece com aquela parcelinha de R$50,00 da “brusinha” que você sabe, no seu íntimo, que não deveria ter comprado? Ela se torna muito insignificante quando comparada ao valor total da sua fatura e, por isso, a dor do pagamento fica inexistente e você sente a impressão que “está tudo bem” continuar fazendo “parcelinhas insignificantes”. É exatamente assim que se comete suicídio financeiro.
O ideal é que, todas as parcelas da sua vida, somadas, não ultrapasse 10% das suas receitas. Calcule: pegue o valor total que você ganha e divida por 10. Esse resultado é o valor máximo de todas as parcelas do seu mês. Se a conta passou, você precisa repensar suas compras e fazer renda extra até pagar o excedente.
Então o cartão de crédito é um vilão? Não, se você aprender a usá-lo. Ele é um ótimo instrumento para acumular todas as suas contas e, ao invés de pagar aquele monte de boleto no começo do mês, você pagar apenas a fatura do cartão. Hoje as instituições de crédito oferecem vários benefícios para quem o utiliza: milhas; cashback; programas de pontos; abatimento de parcelas; etc. Nesse caso, se todos seus gastos estão concentrados, você deve ter o controle sobre o valor total da sua fatura, respeitando o planejamento de poupar uma quantia dos seus ganhos e ainda sobrar dinheiro para pagar a fatura do cartão. Lembre-se: um bom orçamento é flexível e permite adaptações.