Infelizmente, nossa terra, a TERRA BRASILIS, superou a casa das 500.000 vidas, brasileiros e não brasileiros que foram vítimas das incoerências de inúmeros atores sociais, eleitos e não eleitos pelo voto popular.
As vidas que foram interrompidas de forma brutal sem que, muitas delas, fossem devidamente atendidas pelo sistema de saúde pública ou mesmo no âmbito da iniciativa privada. Não há qualquer motivo para defender os que, eleitos para atuar em defesa dos direitos, desejos e esperanças, simplesmente abandonassem suas funções e mirassem, infelizmente, no gabinete indevassável da eleição que virá.
Eu e minha família, cinco de nós, fomos vítimas desse vírus, se bem que, por sorte e recursos de que dispomos para manter um sistema de saúde particular, não fizemos parte desse absurdo número de vidas ceifadas pela absoluta ausência de dignidade, coerência e cooperação entre os que, pelo voto popular, atingiram o poder.
O poder que conquistaram para nos defender, atender e suprir a sociedade de recursos para a manutenção da vida, da dignidade humana, da educação, saúde, saneamento básico e, mais recentemente, manter as condições condizentes com o fornecimento de energia para fazer andar o país, está esquecido minutos após a outorga do mandato.
São muitos, anos, séculos talvez, que vivemos sendo usurpados de nossos mais significativos direitos, em especial o direito à vida digna com educação, segurança, saúde e os demais componentes do que a Organização Mundial da Saúde considera como saúde.
Nem este simples e profundo compromisso é atendido pelos que frequentam palácios nababescos enquanto milhares de brasileiros clamam por, simplesmente, condições para viver e ganhar o sustento para manter suas famílias em empregos que continuam sendo dizimados por políticas públicas equivocadas.
Cabe lembrar que políticas públicas devem ser para todos e não apenas para alguns poucos que ascendem ao poder e dele se locupletam. Até quando vamos ser explorados em prol da manutenção de alguns poucos, inclusive os que podem pagar os melhores advogados e serem libertos após crimes que não matam poucos. A morte decretada por estes supostos cidadãos e cidadãs não se encontra no obituário oficial, matam pessoas que permanecem vivas implorando por dignidade. Mas, a estes as portas se fecham enquanto alguns são “maçanetas” no jogo político do favorecimento ilícito no uso do erário público. Você, certamente, tem conhecimento de casos deste modelo, a latrina de nossa cultura política.