Quantas pessoas se foram, milhares delas de expressão e que estavam sendo úteis à sociedade e à própria Nação no desempenho da sua atividade profissional, até mesmo em algumas especialidades e que deixaram uma lacuna de saudade a seus familiares com perdas irreparáveis e que o tempo não as apaga.
É certo que centenas ou milhares dessas vítimas estão fazendo falta, mesmo no cenário artístico, que continuarão vivas em nossas memórias e recordações sem limites, vítimas de uma doença que ainda nos persegue, não com tanta intensidade como meses atrás, oscilando para menos e às vezes para mais dentro desse contexto da Covid-19.
Ela veio e assumiu a importância de eliminar vidas importantes e que já atingem o patamar de mais de 525 mil óbitos somente em nosso país, porque se formos contabilizar os que ocorreram numa boa parte do mundo, é evidente que ultrapassaram a soma de milhões de vidas que estariam sendo úteis aos diversos campos da especialidade de cada uma.
Por mais que se empenhem os recursos da medicina e os cientistas, visando com todos os meios de combate ao vírus do coronavírus, demonstrou esse último que possui armas mais poderosas do que os recursos de que dispõem as autoridades sanitárias, apesar de que o caminho mais salutar para imunizar toda uma população se concentra na aplicação das vacinas, mas que caminha em passos lentos no que tange à segunda dose e que não chega a 15% da população.
Não escolhe sexo nem cor, nem mesmo ricos e pobres, para que a contaminação se espalhe por todos os cantos do país com a falta de leitos que se estendia a todos os hospitais, até mesmo no que tange aos medicamentos e doses para aplicação das vacinas, apesar de todo o esforço das autoridades sanitárias, a demanda se tornava cada vez mais acirrada para atendimento aos infectados.
As vidas que partiram refletem na escuridão da tristeza e com a despedida dos pessoas queridas, porque esse momento é de difícil consolo, levando-se em consideração a forma com a qual eram sepultadas em valas comuns, porém, com a redução das mortes diárias, esse drama até que se tornou suportável e de menos tristeza.
Esposas e filhos revelam as últimas lembranças em forma de textos ou vídeos que carregam em suas mentes seus parentes bastante próximos, um fato que ao mesmo tempo se concentra em orações em favor da alma de cada um dos momentos difíceis de suportá-los com o aparecimento da Covid-19.
As mortes repentinas, inesperadas e solitárias daqueles que se foram vítimas da doença que se instalou no Brasil e numa boa parte do mundo de uma hora para outra, a chama da existência que desapareceu é o que fica e o silêncio de uma voz que se apaga.
Há de se ressaltar nesta oportunidade as derradeiras mensagens trocadas pelo WathsApp com parentes e amigos, no sentido de dar ânimo e alento aos que sentem a falta, principalmente de um chefe de família que conduzia o barco da vivência e do aconchego do lar, inspirados numa só alegria e que transformaram em dias difíceis, mas a vida tem que dar sequência ao ritmo que vinha tendo.
Os doentes terminais e presos aos leitos hospitalares; alguns entubados, lutando contra a contaminação, enquanto outros comemorando a vitória por terem se recuperado, inclusive recebendo palmas e aplausos da equipe de enfermeiros e médicos que os assistiram como se fosse a conquista da auréola do triunfo alcançado.
São homens e mulheres que deixaram filhos pequenos, amores incomparáveis a tantas outras situações e agora interrompidos. Dessa forma, um país que já ultrapassou o número de mais milhares de vidas perdidas infectadas pela Covid-19, esses relatos de internação pelos doentes e as mensagens de despedida tornaram ainda mais melancólicos o drama da contaminação.
Não é só a dor da perda. É também o vazio que fica, além da convivência que deixou de existir. É a saudade que aperta, bem como a ausência dos dias importantes de solidariedade entre os membros de cada família, mas há uma esperança de que o poder celestial cubra com seu manto sagrado o fim do sofrimento das famílias com seus entes enfermos em hospitais.