Nestes últimos dias, vários estados brasileiros já demonstram certa redução nos índices de casos do Covid-19, suas novas cepas e, felizmente, a diminuição do número de óbitos motivados pelo vírus.
Confirmam-se as expectativas da ciência quanto a este declínio motivado, prioritariamente, pelo avanço da vacinação e a manutenção dos cuidados de seres humanos com os seus semelhantes.
A esperança de muitos, agora, é o suposto retorno à normalidade da vida. Mas, seria o retorno em um mesmo ambiente vivido anteriormente? A nossa convivência já não será mais a mesma. A pandemia mudou o mundo no qual estávamos, supostamente, acostumados.
Uma mudança que o vírus provocou ser faz presente e atuante no campo de nossa atuação profissional específica, a educação.
Depois de três semestres com experiências com inúmeras formas de se buscar a aprendizagem qualitativa em um espaço virtual, síncrono ou assíncrono, instrumentos de tecnologia diversos e com facilidades que exigiram nossa superação. As pessoas descobriram que a aprendizagem é da responsabilidade de cada ser humano e não como consequência da intervenção do professor, como por muitos anos vivenciada nas escolas.
A busca pela autonomia da aprendizagem, da formação de pessoas com habilidades para a aprendizagem (learnability) e a migração da responsabilidade do ensinar para a habilidade de aprender a aprender é a exigência do mundo que se descobriu livre e criativo.
Há muitos anos que a discussão sobre a autonomia e diversidade do aprender esteve nas discussões dos especialistas e estudiosos da educação institucionalizada. Veio o Covid e nos obrigou a encontrar formas para a aprendizagem ocorresse para muito além das quatro paredes de uma sala de aula.
Outro posicionamento que se tornou presente e provocador pode ser referenciada com a afirmação do professor Pedro Demo que questiona o mecanismo de ensino até então presente, a aula. Ele afirma que “quem gosta de aula é o professor”. Passaram a existir encontros de aprendizagem, virtuais, síncronos, assíncronos, desafiadores da criatividade e a troca de informações entre diferentes protagonistas (os alunos) como formas de apropriação de saberes ampliados e ampliadores da visão sobre a própria aprendizagem e exigências do mundo do trabalho.
São inúmeras as empresas que decidiram pelo trabalho híbrido, parte presencial, a menor, e a parte em home office. As questões de marcar o ponto no espaço do trabalho como forma controle passam a ser controladas pelos resultados dos colaboradores em função dos objetivos da instituição/empresa.
Nos restou aprender a conviver, em nossos lares, com o trabalho e família coexistindo. Isto nos fez lembrar dos movimentos de algumas empresas no sentido de levar familiares de seus colaboradores para conhecerem o trabalho de seus pais e maridos. A empresa está, também, no espaço do lar e exigindo novas formas de convívio.
E agora.... como faremos no novo mundo?