Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Arquivo Pessoal/ A Cidade)
Olá, querido leitor! Como vai você? Está valendo a partir de segunda-feira (20/09) os novos valores de IOF, que passaram por um aumento para financiar o Novo Bolsa Família. Já falamos em outros artigos sobre os problemas ligados ao orçamento da União e o quanto é importante que se diminuam os gastos. Porém, isso é assunto para outro artigo. Gostemos ou não, os valores do IOF aumentaram e esse artigo é para te explicar como isso impacta a sua vida.
Vamos começar falando o que é o IOF – Imposto sobre Operações Financeiras. Como o próprio nome já diz, esse é um tributo sobre operações financeiras e incide sobre diversas operações de crédito, tanto para pessoa física (cidadão comum), quanto para jurídica (empresas). O Governo Federal tem a pretensão de arrecadar R$2,14 bilhões com o aumento dessa alíquota, que será válido até 31/dezembro/2021. As operações em que há esse tributo são: operações de câmbio, seguros, ativos financeiros, instrumentos cambiais e investimentos.
Na prática, o crédito ficará mais caro, tanto para empresas quanto para o cidadão comum. O IOF ocorre quando você posterga o pagamento do cartão de crédito e entra no rotativo, por exemplo. Também ocorre quando você usa o cartão de crédito no exterior, pega um empréstimo, usa o cheque especial, contrata algum tipo de seguro, compra ou vende moedas estrangeiras, ou resgata investimentos (lembrando que, no caso de títulos públicos e CDBs, só há tributação caso o resgate seja dentro do período de 30 dias).
Vale lembrar que o crédito já estava mais caro por causa da Selic, nossa taxa de juros base da economia, que iniciou o ano em 2% e agora está em 5,25%, com projeção de aumento para barrar a inflação (9,68%).
Como dica para “se livrar” do aumento de IOF, vale aquela organização nas suas finanças: evite fazer compras desnecessárias no crédito, não use seu cheque especial. O cuidado com a contratação de empréstimos também é válido nesse caso. Se você é pessoa jurídica, os mesmos cuidados são bem-vindos, até porque o aumento do crédito para capital de giro é de quase 30%. Em resumo, manter suas finanças organizadas (tanto na pessoa física quanto na sua empresa) pode te ajudar a passar ileso por esse aumento. Agora, não podemos nos iludir: esse reajuste ocorreu porque o Estado gasta mais do que arrecada e esse problema não será resolvido de forma tão simples. É necessário que ocorram as reformas tributárias, administrativas e que a máquina estatal seja mais enxuta.
Não se esqueça do que disse Milton Friedman: “nada é tão permanente quanto um programa temporário de governo”. Ainda mais em ano eleitoral.