O ex-presidente teve grande parte de sua vida dedicada ao clube e seu último pedido era para que suas cinzas fossem jogadas no Plínio Marin
As cinzas de Carlos Márcio foram jogadas no último sábado (2), na Arena Plínio Marin, em Votuporanga (Fotos: A Cidade)
Fernanda Cipriano
Estagiária sob supervisão
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
Uma vida inteira de paixão pela Votuporanguense. Foi como Carlos Márcio de Castro Junqueira passou os seus 84 anos até a sua morte em 7 de julho de 2020. O seu último pedido era de que as suas cinzas fossem jogadas na Arena Plínio Marin e a cerimônia aconteceu neste fim de semana, na presença de familiares e amigos.
Carlos Márcio foi presidente e figura presente na criação e na trajetória da antiga AAV. Ele vivia com a filha em Goiânia quando faleceu, após ter passado por uma falência múltipla de órgãos.
“Estou muito feliz. Primeiro quero agradecer, porque é uma coisa que não acontece todos os dias. Quero agradecer as autoridades, por terem permitido a realização dessa última vontade do meu pai. O que eu tenho para contar para você, que um dia tendo essas ideias do que fazer, quando chegasse a hora, eu comentei com ele e quando ele manifestou, quando eu disse que iria realizar esse pedido as lágrimas escorreram”, disse a filha Márcia Junqueira.
Dezenas de pessoas que estiveram ao lado de Carlos, no trabalho diário em Votuporanga, prestaram suas homenagens ao ex-presidente, demonstrando solidariedade aos familiares. Ele deixou os filhos Márcia Cristina, Silvia Helena, Carlos Márcio Filho (em memória), Sérgio Ricardo e Ricardo Augusto.
“Aconteceu de o papai partir em plena pandemia, ninguém podia entrar em hospital. Não pudemos fazer nenhuma despedida, hoje realmente foi a despedida e eu espero que ele esteja realmente participando de tudo isso aqui com aquela alegria, vontade e amor”, completou.
Carlos Márcio
Nascido em 17 de fevereiro de 1936, filho da senhora Adelaide de Castro e de Francisco Junqueira, na cidade de São José do Rio Pardo, Carlos Márcio, veio para Votuporanga no início dos anos 50. Já advogado, trabalhou como procurador da Prefeitura.
Seu primeiro registro no esporte foi a presença no ato de fundação da Associação Atlética Votuporanguense, AAV em 1954. Participou da diretoria da Votuporanguense, na presidência de Marão Abdo Alfagali no ano de 1967, quando o clube disputou o título no famoso estádio do Pacaembu em São Paulo, no histórico jogo contra o XV de Piracicaba. O time ficou para a memória como o melhor de todos os tempos.
Assumiu a presidência do time no ano de 1977 até 1982. Onde a AAV foi campeã da antiga Divisão Intermediária em 1977, que hoje equivale à divisão A2 do Campeonato Paulista.
Além disso, foi o maior oficial no cartório de Estrela D’Oeste, onde lavrou à sua instalação da comarca. Mais tarde nos anos 90, Carlos mudou-se para Goiânia, foi morar com a filha. Lá ele ainda advogava e ainda respondia como síndico no prédio em que morava.