Aluno de engenharia mecânica vai ao Kennedy Space Center, nos EUA; Prêmio foi sorteado por representantes da agência espacial em Sorocaba
O estudante Jessé Pereira de Lima, de Sorocaba (SP), ganhou um prêmio bastante cobiçado na última quinta-feira (16): ele foi sorteado e recebeu um par de convites para conhecer a sede da Nasa na Flórida. "Vai ser como um parque de diversões. Vai me agregar conhecimento, abrir uma visão diferente em relação à tecnologia. Vou conseguir sonhar mais alto", diz o aluno do primeiro semestre de engenharia mecânica.
O prêmio não paga as despesas da viagem - apenas dá acesso ao Kennedy Space Center -, mas, por coincidência, ele já planejava visitar os Estados Unidos este ano. "Tenho uma tia que mora em Miami, e eu já pensava em ir para lá no fim do ano", conta Jessé. A sede da Nasa, em Cape Canaveral, fica a três horas de Miami e a uma hora de Orlando.
Os convites foram sorteados por dois engenheiros da agência espacial amerciana, logo após uma palestra realizada no auditório da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens). Durante o evento, a dupla explicou aos espectadores de que forma os brasileiros podem se tornar parceiros da Nasa - é preciso apenas idealizar um equipamento ou qualquer produto comercializável que ainda não exista e que possa, de alguma forma, contribuir com alguma área de atuação. Se for aprovado, o projeto pode ser desenvolvido por cientistas da agência, com ajuda de tecnologia espacial.
"Os empreendedores, mesmo os pequenos, poderão ter acesso às tecnologias da Nasa. Basta imaginar, dentro de sua área de atuação, o que falta, o que não existe e que poderia ajudar o mundo de alguma forma", explicou Michael Lester. Segundo ele, há tecnologias disponíveis nas mais diversas áreas: mecânica, aeronáutica, comunicação, medicina e biotecnologia, meio ambiente, eletro-eletrônicos, ótica, sensores, tecnologia de informação e outros.
Para facilitar a parceria, a Nasa pede que o empreendedor abra uma filial da empresa na Flórida, próximo ao Kennedy Space Center, unidade responsável pelo desenvolvimento do programa. De acordo com o Lester, é importante estar perto do local onde o projeto será executado. "Nós estamos procurando parceiros, investidores. A Nasa vai fornecer peças, números, fórmulas e tudo o que for necessário. O empreendedor vai ter acesso aos laboratórios da agência e conversar com os cientistas, porque ele precisa entender a tecnologia usada no produto que ele vai usar ou vender", explica o diretor.