Segundo a presidente, o programa será mais amplo que os anteriores e incluirá também hidrovias e portos
A presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta segunda-feira, que a nova etapa do programa de concessões em infraestrutura será lançada em junho. Dilma confirmou o novo pacote durante a assinatura do contrato para a concessão da ponte Rio-Niterói, vencido em março pelo grupo EcoRodovias.
Segundo a presidente, o programa deverá ser mais "amplo" e deverá abranger rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. "O programa mostra que o país tem maturidade suficiente para novas regras. O respeito a contratos dessa primeira fase significa robustez no processo. As novas concessões vão ser muito bem-sucedidas", avaliou a presidente.
O governo vem trabalhando para anunciar o plano de concessões em infraestrutura com foco em logísitica, numa tentativa de atrair investimentos e criar uma agenda positiva em um momento em que enfrenta dificuldades, como a baixa popularidade da presidente. O governo não confirma, nas novas concessões, deverá ceder num ponto crucial para os investidores: a taxa de retorno para o setor privado. Nas concessões passadas, uma das prerrogativas dos contratos era a limitação dos ganhos como forma de reduzir o custo dos serviços para os consumidores. Com isso, houve projetos que ficaram sem interessados, como a BR-262.
Rio-Niterói - No caso da ponte Rio-Niterói, o grupo EcoRodovias se comprometeu a investir nos próximos cinco anos 1,4 bilhão de reais em melhorias tanto em infraestrutura como em toda a rede de acessos para agilizar o tráfego na rodovia.
No leilão, a EcoRodovias apresentou uma oferta de pedágio de 3,28 reais por veículo, valor 36,67% menor que o teto fixado pelo governo na licitação.
Segundo a presidente, o governo federal já licitou 5.349 km de rodovias federais para a iniciativa privada, com 32 bilhões de reais em investimentos previstos. "Essa nova forma de concessão reduz o custo Brasil com infraestrutura de qualidade e os investimentos devem ser concluídos em cinco anos, sendo que o pedágio só pode ser cobrado após a realização de 10% das obras", disse Dilma.