Segundo estudo da Câmara de Comércio Internacional, Brasil está na 70ª posição, de uma lista de 75 países, atrás de todos os integrantes do G-20
O Brasil é o país mais fechado entre os integrantes do G20, grupo que reúne os maiores países desenvolvidos e os principais emergentes, segundo estudo da Câmara de Comércio Internacional (CCI) publicado nesta quinta-feira. O índice avalia 75 países, classificadas numa escala de 1 a 6, com base em quatro fatores: abertura comercial, política comercial, abertura ao investimento estrangeiro e infraestrutura para o comércio. Com 2,3 pontos, o Brasil ficou na 70ª posição entre as 75 nações.
Em relação ao estudo anterior, realizado em 2013, o Brasil caiu três posições, ainda que tenha melhorado a pontuação em 0,1 ponto porcentual. No atual levantamento, o país se iguala em pontos a países africanos como Uganda, Quênia e Nigéria, e a latino-americanos, como Venezuela e Argentina. O Brasil também fica atrás de todos os Brics: Rússia figura em 57º lugar, Índia aparece em 63º, China, em 59º, e África do Sul, em 50º.
Entre os membros do G20 Alemanha é a única do grupo faz parte das 20 economias mais abertas, na 19ª colocação. No topo do levantamento, estão Cingapura, Hong Kong e Luxemburgo.
Juros - No encontro do G20, em Ancara, na Turquia, um esforço de países emergentes para caracterizar possíveis elevações de taxas de juros em países desenvolvidos como um risco sério para a economia global foi rejeitado. A informação foi dada a repórteres por uma fonte da delegação russa.
"Alguns países emergentes queriam fixar uma posição", disse a fonte, quando questionada sobre se a esperada elevação dos juros pelo Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, iria constar no comunicado do G20. "Um dos esboços mais extremos dizia que esta era a maior ameaça à economia mundial. Isso foi enterrado imediatamente e para sempre", disse a fonte.
Segundo trecho do documento preliminar, obtido pelo jornal Valor Econômico, o aperto da política monetária é provável que ocorra em "algumas economias avançadas, o que pode continuar a ser uma das principais fontes de incertezas no mercado financeiro". Segundo a fonte russa, o comunicado mudará o tom e mencionará mudanças de política monetária de forma geral, sem referir-se a países específicos.