Estúdios mostram como personagens se tornaram quem são e ajudam espectador a saciar curiosidade sobre causas para ações de seus ídolos
Novo sucesso da Disney, “Cruella”, que estreou nesta semana no Novo Cine Votuporanga e também está disponível na plataforma de streaming Disney+, faz parte dessa nova onda de filmes de origem (Fotos: Divulgação)
Como um herói conquista seus superpoderes? Por que o vilão se tornou tão diabólico? Essas são perguntas para as quais somente fãs de HQs – e de fábulas – tinham respostas após mergulhar nesses universos por meio de livros, quadrinhos ou antigas séries. Mas um filão lucrativo em franco crescimento, o chamado “filme de origem”, vem trazendo explicações para um público bem mais amplo. E fazendo muito sucesso.
Novo sucesso da Disney, “Cruella”, que estreou nesta semana no Novo Cine Votuporanga e também está disponível na plataforma de streaming Disney+, faz parte dessa nova onda de filmes de origem.
Vilões
Cruella de Vil já é uma velha conhecida. Grande vilã da animação da Disney “101 Dálmatas”, de 1961, e também pelos live-actions de 1996 e 2000, ambos protagonizados por Glenn Close, ela é uma rica empresária da moda obcecada por transformar pele de dálmatas em casacos.
Agora estrelado por Emma Stone e dirigido por Craig Gillespie, o filme “Cruella” conta a origem do mal que habita a personagem, chamada Estella: a transgressão na infância, a genialidade indomável e uma tragédia que muda os rumos de sua vida e explica seu ódio por dálmatas.É como se as adversidades da vida obrigassem Cruella a emergir de Estella nos piores momentos.
Esse é um dos feitos dos filmes de origem: ao aprofundar a história de um personagem, eles o humanizam e trazem as nuances típica do ser humano. Assim foi com outros vilões donos de seus próprios filmes, como “Malévola” e “Coringa”.
Heróis
Entre os heróis, Pantera Negra é um dos mais bem-sucedidos nesse filão. O live-action que leva o nome do célebre personagem da Marvel se tornou a produção de super-herói com a maior bilheteria da história dos EUA em 2018 e faturou, globalmente, mais de US$ 1,3 bilhão.
Primeiro super-herói negro da editora de HQs, Pantera Negra surgiu no cinema pela primeira vez em “Capitão América: Guerra Civil”, em 2016, já interpretado por Chadwick Boseman, e, dois anos depois, ganhou o próprio filme.
Com elenco de atores majoritariamente negro, “Pantera Negra” levou o público para a fictícia Wakanda, na África, governada pelo rei T’Challa, nome “de verdade” do herói. Para entender Pantera Negra, era preciso conhecer Wakanda e seu povo. Foi o que o filme mostrou. E se tornou um símbolo de representatividade e diversidade.