Deputado votuporanguense encara a principal polêmica desde que assumiu a presidência da Alesp, em março deste ano
Carlão Pignatari encara a principal polêmica desde que assumiu a presidência da Assembleia Legislativa, em março deste ano (Foto: Reprodução/Alesp)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Carlão Pignatati (PSDB) recebeu o pedido para criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar denúncias envolvendo a operadora de saúde Prevent Senior. A iniciativa foi protocolada pelo deputado estadual Paulo Fiorilo (PT) e assinado por mais 39 parlamentares paulistas, oito a mais do que o mínimo necessário para a formalização do pedido de instalação.
Trata-se da principal polêmica encarada pelo deputado votuporanguense desde que assumiu o comando da Alesp, em março deste ano. A Prevent Senior está sendo investigada na CPI da Covid, no Senado Federal, após médicos denunciarem que a diretoria do plano de saúde os obrigou a trabalhar infectados com Covid-19 e a receitar medicamentos sem eficácia para pacientes.
Assim que o pedido de abertura da CPI chegou à Alesp, Carlão divulgou uma nota onde afirmava que o requerimento iria tramitar na Casa com a urgência que o tema exige. Na terça-feira (28), em entrevista à rede Alesp, ele pediu para que os deputados não utilizem a CPI como palanque político.
“Mais de 400 mil vidas estão nesse plano de saúde e são muito graves as denúncias que foram feitas por médicos, sobre a obrigatoriedade do médico receitar medicamento A ou B e o que é mais grave, de retirar dos atestados de óbito a morte pela Covid. É um caso gravíssimo e tenho certeza que a Assembleia Legislativa, os deputados, tem que não fazer ali um palanque político, mas fazer uma investigação compartilhando os dados com o que já foi feito na CPI de Brasília para que chegue aqui e se faça a investigação e que rapidamente se apure se é culpa da empresa, se não é culpa da empresa, enfim, precisamos ver a verdade e passar isso par a população”, disse Carlão.
Além do requerimento de instalação da CPI foi protocolado também um Projeto de Resolução, como sugere o regimento interno da Alesp para o caso de instalação de uma CPI extraordinária. Isso porque já há cinco CPIs em funcionamento simultâneo na Alesp, o máximo previsto pelo regimento interno.
Caso seja instalada, a CPI terá um prazo de 120 dias para investigar as denúncias contra a operadora de saúde quanto ao tratamento dado aos pacientes, bem como quanto aos supostos crimes cometidos.