O governo anunciou nesta quarta-feira, 20, que dará um reajuste de 20% para os benefícios permanentes do programa social que substitui o Bolsa Família (Foto: Divulgação)
Mesmo após receber críticas por turbinar o Auxílio Brasil com parcelas temporárias fora da regra do teto de gastos, o governo anunciou nesta quarta-feira, 20, que dará um reajuste de 20% para os benefícios permanentes do programa social que substitui o Bolsa Família, e que irá zerar a fila de espera do programa, elevando o número de beneficiários de 14,6 milhões para 16,9 milhões. O governo também não desistiu da ideia de levar o benefício a R$ 400 em 2022, ano em que o presidente Jair Bolsonaro concorrerá à reeleição.
Em pronunciamento no Palácio do Planalto nesta quarta, o ministro da Cidadania, João Roma, confirmou que o governo trabalha para criar um pagamento extra temporário para os beneficiários do Auxílio Brasil até dezembro do ano que vem no valor de R$ 200. Isso permitiria às famílias receberem um benefício total de R$ 400 do Auxílio Brasil, o dobro do que é pago atualmente pelo Bolsa Família. A medida coincide com o período eleitoral.
Segundo o ministro, o pagamento do benefício seria feito dentro das regras fiscais, mas o governo não explicou como isso seria realizado, nem qual seria a fonte de financiamento para os benefícios temporários do Auxílio Brasil para que as parcelas sejam pagas sem furar o teto de gastos, como prometeu o presidente Jair Bolsonaro em evento no Ceará. “Estamos tratando, área social e econômica, para que atendimento disso ocorra seguindo responsabilidade fiscal”, afirmou o ministro.
Roma também afirmou que o benefício temporário não será pago por meio de créditos extraordinários, o mesmo recurso usado pelo governo para pagar o auxílio emergencial às famílias prejudicadas pela pandemia de covid-19, que fica fora do teto de gastos. "Não estamos aventando que o pagamento desses benefícios se dê por créditos extraordinários”, afirmou.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, para encontrar recursos para a criação de um programa social de R$ 400 mensais, o governo estuda antecipar a revisão do teto de gastos prevista para 2026.
*Com informações do Diário da Região