Média de aumento em Votuporanga, desde a quarta-feira, dia 2 de setembro, é de cerca de R$10 nos depósitos do produto
Leidiane Sabino
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O preço do botijão de gás sofreu reajuste nesta semana e a conta já ficou mais alta para o consumidor votuporanguense. O valor varia de R$52 a R$55, com o primeiro preço para retirada no depósito e o segundo para entrega nas residências.
A Petrobras informou no dia 31 de agosto que faria o reajuste do gás liquefeito de petróleo para uso residencial, envasado em botijões de até 13 kg (GLP P-13). A alta foi de 15%.
Segundo a Petrobras, este é o primeiro aumento do preço do gás de cozinha desde dezembro de 2002. O reajuste garante à Petrobras receita extra de R$105 milhões por mês, considerando a venda média mensal de 35 milhões de botijões.
Diogo Borges de Oliveira, da distribuidora Tonico Gás, disse que além da alta de 15% anunciada pela Petrobras, também houve o dissídio anual no mês de agosto. “A população vai regular um pouco mais a compra do botijão neste momento. Por tudo isso, todos serão prejudicados”, falou.
Antônio Godoi Lopes Sobrinho, da Leve Gás, acredita que o consumidor para segurar um pouco mais o consumo do gás neste momento. “Em cidades como São José do Rio Preto, o reajuste foi ainda maior que aqui”, disse.
O Sergás (sindicato das revendedoras) disse que não há como não repassar o reajuste ao consumidor. “Não tem como segurar o preço final por muito tempo porque os nossos custos também subiram muito”, afirmou, Robson Carneiro dos Santos, presidente da Sergás.
Segundo o Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo), atualmente existem 99 milhões de botijões em circulação em todo o país e, a cada dia, são entregues 1,5 milhão de botijões aos consumidores brasileiros. Sete grandes empresas controlam 96% do mercado brasileiro de GLP, sendo que as quatro maiores são: Ultragaz, com 23,11% do total, Liquigas (22,61%), Supergasbras (20,58%) e Nacional Gas (19,16%).