Contato com os homens em tratamento promove conhecimento sobre as drogas e ainda a integração de quem está internado
Jovens visitaram internos na chácara
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
Aproximadamente 45 jovens, com idades entre 12 e 21 anos, do Capitulo Asas da Liberdade, da Ordem Demolay de Votuporanga idealizaram um projeto que visa conhecer a realidade dos internados para recuperação de dependência química na Comunidade Nova Vida.
Por meio da comissão de Solidariedade, presidida por João Pedro Neves Lopes, surgiu a ideia de ver como funciona uma casa de recuperação. “Quase todos estes jovens vão estudar fora da cidade ou até mesmo do país. É importante que conheçam os efeitos nas drogas e saibam como é o tratamento. A intenção é prevenir o envolvimento com estas substâncias”, disse Juliano de Souza Silva, que é presidente do conselho do grupo.
Os rapazes foram divididos em grupos que visitaram a casa aos domingos. Eles levam café da manhã, conversam com os internos e acompanham as atividades do dia.
“Você não tem noção do bem que a Comunidade Nova Vida está nos fazendo ao abrir as portas para estas visitas. Por meio delas, podemos oferecer aos jovens a chance de conhecer um pouco mais sobre as drogas e seus efeitos negativos. Assim, deixamos eles cada vez mais distantes dos entorpecentes. Além de tudo isso, este encontro possibilita enxergar que somos todos iguais. Assim, o preconceito acaba”, destacou Juliano.
Como resultado das visitas, os jovens sentiram vontade de ajudar a casa por meio de doações.
Odair Ferreira, assistente social da Comunidade Nova Vida, ressaltou que dependência química é uma doença que tem controle e que a pessoa em tratamento pode se socializar com qualquer um. “As pessoas podem viver e conviver normalmente com o dependente químico. Há várias pessoas trabalhando e lutando contras as drogas e isso é muito bom”, disse.
As reuniões dos jovens do Demolay são itinerantes e acontecem nas lojas Maçônicas da cidade.
Sobre a Comunidade
Além de abrigar na chácara dependentes químicos em processo de recuperação e reintegração social, a entidade tem ainda uma Unidade de Acolhimento e Encaminhamento, um serviço gratuito, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, para o atendimento de usuários e dependentes de álcool e drogas, bem como, os envolvidos nessa problemática, como familiares e amigos.
A Unidade de Acolhimento oferece atendimento gratuito a todos os casos de dependência química do município. Neste local, a pessoa que busca ajuda recebe orientações, encaminhamento para diferentes tipos de atendimento e ainda participa de grupos terapêuticos. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, na rua Javari nº 3587 – Jardim Marin.
Idealizada pelo padre Sílvio Roberto dos Santos, a Comunidade começou em uma casa dentro da cidade. O tratamento consiste no método Minessota, composto por 64 tarefas que o dependente precisa cumprir, aliados aos 12 passos dos Narcóticos Anônimos, com o objetivo de proporcionar uma transformação, uma mudança de comportamento do indivíduo em tratamento.