Leidiane Sabino
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Elza Mara Pignatari, diretora geral das lojas A Joia, esteve no programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade, para falar sobre a decoração natalina que sempre encanta a população de Votuporanga e visitantes no estabelecimento localizado na rua Amazonas, esquina com a Santa Catarina. O tema deste ano é “O Natal na Casa da Árvore”.
A Joia é composta por duas unidades na rua Amazonas e uma na Santa Catarina. É tradicional em Votuporanga e nasceu em 1.952, já são 61 anos de atividades.
Elza Mara contou a evolução de todo este trabalho decorativo realizado no final do ano. “Me lembro que, ainda criança, desde a década de 1.960, a Joia sempre fez lindas decorações internas das suas vitrines. Cresci vendo estas artes. Gente passando à noite, durante o final de semana. Minha mãe, meu pai, meu tio Miguel, tio Paulo, que faziam. Todo mundo só enfeitava o interior das lojas. Não era comum decorar o exterior de qualquer estabelecimento da cidade”, contou.
De acordo com a diretora da loja, na administração de Dimas Camargo na Associação Comercial, começou o Natal Iluminado. “Ele fez uma reunião e pediu que os empresários colocassem mesmo que fosse um cordão de lâmpadas. Acho que isso foi no ano de 1.998. Resolvemos participar e foi aí que surgiu a ideia de passar a decoração para a parte externa, porque internamente sempre fizemos. Começamos com alguns cordões de lâmpadas bem simples, Papai Noel inflável, mas murchava durante o dia por causa do calor. As pessoas começaram a parar para ver. Percebemos que estava chamando a atenção e pensamos em coisas melhores para os próximos anos”.
Depois disso, a equipe da A Joia foi em busca de materiais diferentes, mas sempre mantendo a iluminação, já que a proposta era de Natal iluminado. A partir do ano de 1.998, a evolução foi grande.
“No ano de 1.999, na passagem para 2.000, quando todo mundo falava que o mundo ia acabar, resolvemos mudar. Conhecemos uma pessoa em São Paulo, especialista em decoração, que montou o presépio, onde Jesus se movia. A gente continuou colocando até o ano de 2.007 os bonecos, com pouco movimento. Percebemos que além de atrair as pessoas, a gente queria mais, chamar mais atenção e colocar emoção. Em 2.007, conhecemos outra pessoa de São Paulo, o Renato Kleiner, que está conosco todos estes anos. Ele foi procurar esta proposta de hoje, que é essa interação. O boneco, fala, gesticula e, a cada ano, a gente tem que inovar”, destacou Elza Mara.
O movimento do personagem começou em 1999. “Depois, eu soube de uma decoração em São Paulo, na época, de uma agência bancária na avenida Paulista. Fui lá conhecer e, em 2.007, já trouxemos o boneco sentado cantando músicas em inglês. As pessoas queriam as músicas em português, era muito difícil de conseguir. Surgia um novo desafio. Em 2.008 editamos alguma coisa, depois, de 2.009 para cá, a Ione tem feito a trilha”, contou.
A decoração passou, então, de um cenário estático para um espetáculo, um show de Natal com duração média de sete minutos cada um. O investimento para ter a apresentação que acontece hoje começou há anos e foi evoluindo. “Em 1.999 ,compramos um boneco, mas todo ano a gente adquire alguma coisa. Mas parte do material é reaproveitada. A roupa dos bonecos temos que trocar todo ano”, falou Elza Mara.
“O Natal na Casa da Árvore”
O tema deste ano é “O Natal na Casa da Árvore”. Elza Mara disse que ele reflete o sonho de muitas crianças em ter uma casa na árvore. Para construir, o Papai Noel, a Mamãe Noel e o Nicolau. “Os três resolveram construir o sonho destas crianças. Eles estão com ferramentas nas mãos, tem o esquadro, o tubo com os projetos, as latinhas de tinta. Só que eles chamaram para ajudar a construir esta casa, vários animais, de várias partes do planeta, do Sul, os pinguins; do Norte, as renas e as corujinhas polares; da África, vieram as zebras e os macacos; da China, os ursos pandas; e do Brasil, as araras vermelhas”, contou.
Neste ano também terá alguns sons dos animais, da floresta, dos rios, entre um intervalo e outro. As bolinhas de sabão sempre fazem parte do espetáculo. O show começa no domingo, dia 17, a partir das 19h30; o último da noite acontecerá às 22h30. De acordo com Elza Mara, quando mais escurece, melhor fica o espetáculo. Para a diretora da A Joia, o mais importante deste momento é que as pessoas deixem de lado o imediatismo, as coisas materiais e busque a reflexão e o amor ao próximo.