Depois de aprovado em um novo concurso público, Melara mudou-se para Valentim Gentil, onde ficou por quatro meses. O professor assumiu a escola de Simonsen como diretor, porque ficava perto de São José do Rio Preto.
O casal passou a viver em Votuporanga e teve três filhos: Nivaldo Júnior, Vinícius (que faleceu ao nascer) e Mara Sílvia.
Como morava em Votupo-ranga, Melara conseguiu conciliar a direção da escola de Simonsen com aulas na Escola Técnica de Comércio Cruzeiro do Sul, hoje Colégio Comercial.
Já no ano de 1.965, ele e sua esposa Annita já trabalhavam no município. Ele foi o primeiro diretor da escola MIMO (Maria Isabel Martins de Oliveira), onde ficou por 19 anos, até julho de 1.981. Foi o ex-prefeito Dalvo Guedes que construiu esta unidade de ensino.
No ano de 1.981, Melara conquistou mais uma aprovação em concurso público, desta vez para supervisor. Em 1.983, passou a ser delegado de ensino em comissão, convidado pelo então prefeito Mário Po-zzobon. Na função, ficou até o ano de 1.995, quando voltou a ser supervisor de ensino e se aposentou em 2.000.
Durante os anos como educador, fez alguns cursos, como de aperfeiçoamento; administração escolar; pedagogia; e especialização de supervisor de ensino.
O coração está na cidade
Nivaldo Melara disse que tinha que ser votuporanguense de qualquer forma. Passou por aqui antes de morar na cidade, devido as reuniões educacionais. De alguns vereadores já recebeu o convite para ganhar título de cidadão votuporan-guense, mas disse que não precisa, porque sempre se considerou do município.
Sobre a educação, ele ressalta: “se eu tivesse que nascer de novo, faria tudo outra vez. Adoro escola, barulho de criança. O melhor deste trabalho é ver o crescimento do aluno, porque a mente dele se abre para o mundo”, disse.
Melara ainda comentou: “me orgulho de ter sido professor, de ensinar as primeiras letras a crianças de sete anos, de ser diretor de escola, supervisor e delegado de ensino e, principalmente, em ter o Colégio Comercial, que presta um imenso trabalho para a sociedade”.
Entre algumas de suas conquistas na educação para Votuporanga, ele apontou que conseguiu e instalou a escola do Parque das Nações; a Escola Juraci, no Santa Amélia; o SAO (Sebastião Almeida de Oliveira); a instalação do Cefam (Centro de Formação de Magistério); e conseguiu o prédio próprio para a Delegacia de Ensino.
Na política, é o presidente do diretório municipal do PSC (Partido Social Cristão). Ele sempre esteve presente nas campanhas políticas de Votuporanga desde que chegou aqui.
Julga-se ter colaborado para o crescimento do município, socialmente, politicamente e no setor educacional.
Aquisição do Colégio Comercial
No ano de 1.964, o professor Cícero Barbosa Lima resolveu vender a Escola Técnica de Comércio Cruzeiro do Sul e o então prefeito Dalvo Guedes chamou um grupo de professores e pediu que eles adquirissem a instituição. No ano de 1.965, os docentes Nivaldo Melara, Jurandir Pagioro, Luiz Carlos Cardoso Prado e Joaquim da Luz Marques passaram a ser os donos do chamado hoje de Colégio Comercial. Melara é o diretor desde então. Hoje, apenas Luiz Carlos Cardoso Prado não é mais sócio.
O Colégio Comercial oferece ensino técnico e profissiona-lizante. Começou apenas com o técnico em contabilidade. Em 1.975, abriu o supletivo. Depois vieram os cursos técnicos de enfermagem, segurança do trabalho, eletrotécnica, prótese dentária, açúcar e álcool e meio ambiente. Por lá já passaram 33.839 alunos. Também ofereceu supletivo à distância de 1.996 a 2.013.
São diversos polos à distância no Estado de São Paulo: Araçatuba, Bauru, Piracicaba, Itapeva, Jundiaí, São Paulo, Franca, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. Também já teve em Osasco, São José dos Campos, Santos e Rio Claro.
O Colégio Comercial levou o nome de Votu-poranga para todo o Estado. Além disso, há oito anos, Melara trouxe para a cidade um polo da Unopar (Universidade Norte do Paraná), proporcionando aos alunos estudar de forma presencial apenas uma vez por semana e pós-graduação totalmente à distância. Hoje, são atendidos aproximadamente 500 estudantes. A sede da Unopar fica em Londrina-PR.
Melara é também um dos diretores administrativos dos colégios Piconzé Anglo e Risco e Rabisco, que oferecem educação infantil, ensino fundamental e médio.