A nova série policial da Globo também causará polêmica com um beijo homossexual em um dos episódios
A primeira temporada de “A Teia” já está pronta
O
primeiro episódio de “A Teia”, o tão prometido seriado policial da Globo, vai
ao ar nesta terça-feira, logo após o “Big Brother Brasil”. Escrita por Carolina
Kotscho e Bráulio Mantovani, a trama conta a história de Jorge Macedo (João
Miguel), que em meio aos seus dramas pessoais, consegue desmontar uma grande
quadrilha, responsável pelo assalto a um aeroporto.
A
série terá sequências de cenas de adrenalina e takes de ação. “É uma história
de ficção, mas a gente queria que fosse verossímil e que tivesse essa textura”,
disse a autora, Carolina Kotscho. Apesar de se tratar de uma história de
investigação policial por quadrilhas, o autor, Bráulio Mantovani, explicou que
uma das premissas do projeto foi fugir dos estereótipos de heróis e vilões: “A
gente gosta de personagens complexos, nada de bonzinho ou mauzinho. Qualquer
personagem que produza uma alternância de status me empolga como
espectador”.
Polêmica
sempre dá audiência, e em “A Teia”, não será diferente. A nova atração promete
dar o que falar com o romance homossexual entre Wanda (Inês Peixoto) e Suzane
(Juliana Schalch). Embora o conflito principal das personagens não gire em
torno da relação, terá cenas quentes com direito a “pegação” e beijo, pelo
menos é o que tem sido ventilado pela imprensa. Agora resta saber se a emissora
vai mesmo autorizar a cena do beijo entre duas mulheres irem ao ar.
O
ponto de partida de “A Teia” é a Capital Federal, no aeroporto internacional de
Brasília. Em um voo comercial estão sendo carregados malotes com ouro. Entre os
envolvidos, 70 passageiros e funcionários do aeroporto. Em cinco minutos, todos
viraram testemunhas de um assalto cinematográfico com direito a fuzis,
metralhadoras e disparos ameaçadores próximos ao tanque de combustível do
avião.
Formada
por nove bandidos, a quadrilha invadiu a pista com duas caminhonetes e uma
minivan e, sem se intimidar com os vigilantes da empresa transportadora de
valores, fugiu, levando 61 quilos de ouro e deixando para trás as autoridades
perplexas. No dia seguinte, as manchetes dos principais jornais do país davam
destaque para um assalto que parecia ter vindo de um roteiro de Hollywood e
chamavam a atenção para a troca de tiros entre os assaltantes, os seguranças e
a polícia do local.
À
frente do caso, o delegado Jorge Macedo, interpretado pelo ator João Miguel. Um
policial federal apaixonado pelo jogo da investigação e personagem central do
seriado. Um homem avesso à violência e
ao corporativismo e que não vai medir esforços para completar sua missão, ainda
que o acaso tenha o designado para a tarefa. Em seu caminho, Marco Aurélio
Baroni, um criminoso inteligente e sedutor vivido por Paulo Vilhena, que poderá
colocar sua reputação e sua vida em risco.
“A
Teia” tem um assalto real como ponto de partida para a trama sobre uma longa
investigação que envolve diferentes agentes da Polícia Federal em vários
Estados do Brasil, duas perigosas quadrilhas rivais e até mesmo policiais civis.
A produção mergulha no mundo do crime organizado e mostra como o processo de
investigação está sempre ligado aos conflitos pessoais dos personagens, suas
paixões e seus desejos. A série instigará a compreensão desse universo que
muitas vezes se mostra contraditório, repleto de amor e ódio, traição e
vingança, culpa e redenção. Uma linha tênue divide o mundo dos mocinhos e dos
bandidos, ora passíveis de admiração, ora de desprezo. Um verdadeiro drama
humano de quem vive como um fugitivo e se escondendo e inventando histórias de
cobertura e nomes falsos. Seja ele quem for. Esteja do lado que estiver.
A
série vai apresentar Baroni (Paulo Vilhena) como um bandido sofisticado, classe
média alta, que se desvirtuou do bom caminho por puro prazer. Ele é movido pela
paixão, assim como o delegado Jorge Macedo. “O bandido e o mocinho são mais ou
menos, claro que mal comparando, dois lados de uma mesma moeda. Eles estão no
jogo”, conta Carolina.
Com
histórias feitas a partir de muita pesquisa e livremente inspiradas no arquivo
pessoal do delegado aposentado da Polícia Federal, Antonio Celso dos Santos, “A
Teia” terá toques de realidade nas suas muitas cenas de ação. Para isso, a
consultoria de um profissional foi essencial. “’A Teia’ é feita de muitas
histórias. Buscamos a inspiração e a lógica de casos e investigações reais para
construir uma história de ficção”, reforça a autora.
A
cada semana, o episódio começa com um prólogo, peça-chave para o delegado
Macedo avançar em sua investigação. “É tudo muito dinâmico e com estrutura
policial. É preciso estar atento o tempo todo para não se perder na história”,
explica o diretor Rogério Gomes, mais conhecido como Papinha, que promete ainda
uma trilha sonora a base de muito rock’n roll.
A
primeira temporada de “A Teia” já está pronta. Foram gravados 10 episódios que
serão exibidos semanalmente na tela da Globo. E a fórmula é simples: se agradar
ao telespectador, será produzida mais uma temporada.