*Prof. Manuel Ruiz Filho
Quando a gente começa a entender o que é a vida, procuramos os caminhos mais dóceis para segui-la. Vale a pena viver na plenitude do que é belo e do que é perfeito. Também é verdade que nem sempre conseguimos com facilidade abastecer de glória todos os nossos dias. Muitas vezes nos faltam ingredientes dos mais variados gêneros para que a felicidade venha e permaneça dentro de nós pelo maior tempo possível. Somos todos diferentes mesmo sendo todos iguais. Grande maioria reclama porque não tem três carros, outros reclamam porque pouco passeiam, outros ainda reclamam porque não têm a quantidade de pares de calçados que gostariam, outros, pior que isso, porque a genética não lhes permitiu o simples andar pela falta dos pés. Difícil entender as pessoas nos seus pequenos e delicados desejos. Mas é bom saber compreender a magnitude das coisas que a Mão Invisível nos coloca à frente todos os dias. Custa-nos sacrifícios quaisquer formas de felicidade, mas não a ponto de não consegui-las. A dor tem sido um desses sacrifícios. Essa inconveniência é um estado de insatisfação acometido nas pessoas permitindo que os mecanismos de defesa ou fuga sejam acionados. Assim, ao sentir a dor há uma reação natural para a fuga, porque é incômoda e detestável. É um estado de alarme do nosso organismo, repudiando o intolerável, seja do físico seja do psíquico. Mas, dor não é só isso. Sentimos dor quando as coisas não nos parecem cômodas. Sentimos dor quando somos vilipendiados. Quando pessoas de que tanto gostamos nos pregam ingratidões. Sentimos dor quando não realizamos os tão desejados sonhos merecidos de conquista. Só mesmo cada um de nós tem consciência do tamanho e da magnitude das nossas peculiares dores. Não fomos criados para o sofrimento. Não estamos aqui para aplaudir o indesejável. Estamos para desfrutar deste imenso paraíso que Deus nos presenteou humildemente. Precisamos compreender que a vida nos proporciona coisas saudáveis e insubstituíveis. Fomos criados para sermos feliz. Cada um a sua maneira. A felicidade não é um bem físico ou um objeto nas mãos. A felicidade é um estado de alma, portanto, todos nós somos capazes de viajar nesse veículo de contentamento e de luxúria do espírito. A ninguém ainda foi negado viver de forma feliz e muito menos obrigado a viver infeliz. Por isso a felicidade está dentro de cada um, basta que consiga desfrutar desse sentimento que todas as manhãs nos abre os olhos.
*Prof. Manuel Ruiz Filho