Todos estamos sujeitos a situações dispares. Ao comemorar os 400 artigos, dentre várias manifestações, anotei três interessantes: o Cesar - proprietário do Jornal O Cidadão de Fernandópolis - enviou uma simpática mensagem de cumprimento; o professor Melara “reclamou” que por culpa da comemoração o artigo ficou “água com açúcar” e, o João Carlos, para quem pedi desconto na assinatura fez de conta que não leu o artigo (para não dar desconto, lógico).
Mas, entendo muito bem que os leitores muitas vezes esperam por aqueles comentários mais ácidos sobre as conjunturas em geral.
O que está acontecendo na política em Votuporanga faz parte das curiosidades. Acontece que como tudo está correndo em águas calmas, não existem. Por que ficarmos tecendo comentários que possam azedar o doce? Se vai haver apenas um candidato ou vai aparecer adversário é uma questão que precisamos entender com o passar do tempo, ou melhor, dos próximos dias. A democracia abre espaços para quem tiver apoio do partido a nível estadual e federal e queira partir para a luta o faça com todo o direito. Portanto, esperemos para ver como fica.
Mas, independente deste aparente estado de graça da política local, e queira Deus que fique assim, infelizmente não é isso que assistimos sobre a política nacional e, também, sobre algumas medidas tomadas pelo governo federal para incentivo da economia.
Quanto à economia, essa “caça aos juros” se assemelha muito a “caça ao boi gordo” que os mais velhos já assistiram antes e que deu com os “burros n’água”. Todos ficamos pagando as contas por muito tempo. Penso que seria mais conveniente os governos em geral, desde o federal aos estaduais, fazerem investimentos consistentes em infraestrutura, injetando recursos na economia, ou seja, permitindo que as pessoas ganhem o “tutu” sem ficarem endividadas. Ou alguém está pensando que os incentivos à indústria de automóveis não é consequência dos financiamentos de 48, 60 e 72 meses? Quem fica devendo por todo este tempo, não fica disponível para trocar automóvel. Uma premissa básica para quem entende do assunto. Economia se sustenta com trabalho e desenvolvimento e não provocando velhinhos se endividarem. Melhor dizendo, os caras estão provocando um almoço farto e se esquecendo que um pouquinho mais tarde a mesa do jantar do pessoal pode estar “minguada”. Pensando bem, e lembrando velhos conselhos, podemos imaginar que o imediatismo é inimigo da tranquilidade futura. Portanto, juízo não faz mal a ninguém.
Quanto ao panorama nacional, falar o que? Que estamos assistindo mais uma vez uma palhaçada para livrar trambiqueiros de situações embaraçosas. Quem será o “boi de piranha” da vez? Quantos projetos importantes para o pais deixarão de ser votados nestes tempos por culpa desta paralisação do “Olimpo” (Brasília)? Quanto esta brincadeira vai custar ao Brasil e por quanto tempo seremos obrigados a assistir estupefatos a essa farra? Será que não existe pelo menos meia dúzia de Parlamentares e Senadores corajosos para obrigarem esta CPI terminar com dignidade? Mas, otimistas que devemos ser, fiquemos na melhor das expectativas, que se faça justiça e que o Brasil melhore.
E, que isto tudo alimente na Presidenta Dilma a vontade, e que a mesma reúna as forças necessárias, para provocar uma profunda reforma política, acabando com a Ditadura Partidária, esta, a madrasta de todos os males.
Pois é, hoje ficou apimentado!
*Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados