Certa ocasião, enviei uma mensagem para alguns do Congresso Nacional emitindo minha opinião sobre a ditadura partidária. A Senadora Heloisa Helena, mesmo sendo de outro estado, foi gentil e prontamente me respondeu, colocando a opinião dela. Todas as vezes que envio alguma coisa para o Senador Aloysio Nunes, recebo a resposta. Gestos educados e democráticos.
Não fazem muitos dias enviei uma mensagem para a Sra. Gleisi Hoffmann através de um site da Casa Civil. A mensagem é sobre a Santa Casa, sobre as emendas colocadas por parlamentares, desde o esforçado Dado até o Vice-Presidente da República Michel Temer. Como cidadão que está informado das dificuldades sobre o hospital estou, através da mensagem, apelando para a ministra nos ajudar. Estou frustrado, ainda não recebi resposta. Vamos aguardar.
E, por falar em Santa Casa, mesmo depois de reportagem nos jornais informando o sucesso do trabalho do Carlão junto ao Governo do Estado fazendo aumentar os repasses para o SUS, nesta sexta-feira o administrador do Hospital, Mário Bernardes, coloca com muita competência muitas das dificuldades. Sempre digo e repito: enquanto a saúde no Brasil for tratada com descaso, os hospitais filantrópicos sempre serão um “saco sem fundo com problemas sem fim”.
Alguns cidadãos, se achando nos reais direitos, muitas vezes exageram dos atendimentos. Esta é uma verdade nua e cruel, questão de educação e de respeito aos limites. Os verdadeiros necessitados às vezes sofrem por culpa dos abusados, pois, eles existem, basta perguntar para os profissionais da saúde. As filas nos pronto atendimentos poderiam ser menores não fossem alguns exageros.
Em algumas especialidades não está fácil encontrar médicos e, muitas vezes, por incapacidade dos hospitais em remunerá-los como merecem. A questão além dos abusos é, sem dúvida, financeira. Tudo tem seu preço e, lembrem-se, não existe almoço de graça.
Penso que se os Governos deixassem de lado algumas obras adiáveis e corrompidas e focassem na obrigação de colocar as finanças dos hospitais em ordem a felicidade do povo seria maior. O sofrimento pela falta de um bom atendimento faz com que famílias inteiras sofram intensamente.
Os candidatos a prefeitos que estão indo para eleição tem obrigação de discutir isso em praça pública e, mais, se comprometer com sua população que o atendimento básico será feito em seu município e não através do “expresso ambulância”. Um dos grandes motivos para que muitos hospitais estejam atravessando dificuldades é exatamente esse descaso de muitos prefeitos. As pessoas precisam ser atendidas em seu bairro, em suas cidades e perto de sua casa. Isto é conforto, isto é bem estar, isto diminui a fila dos hospitais.
Mas enquanto nada de importante acontece para minimizar a luta dos hospitais filantrópicos, vamos nós, em nossa cidade, valorizarmos o que temos por aqui e, mais ainda, na medida do possível, entendermos o funcionamento, ou melhor, quanto custa um atendimento, e ajudarmos para que a cidade possa continuar tendo o que já conquistou. Não estamos no céu, mas, se olharmos para outras cidades vamos perceber que estamos muito a frente delas.
Torço pela presidente Dilma, parece-me bem intencionada administrativamente, e espero que a mesma tome as atitudes necessárias, determinando aos seus auxiliares que cuidem da questão saúde pública com o carinho e a presteza que merecem. Povo saudável é povo feliz, o resto é conversa mole.
*Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados