Uma importante articulista tem escrito sempre sobre o mensalão, uma lambança que muitos querem nos fazer acreditar que é uma obra de ficção. Que é lambança não se tem dúvida, pois, até os advogados de defesa confirmam certas atitudes e procedimentos. Mas, também, como seres humanos, devemos respeitar o entendimento de alguns que defendem os acusados. È educado e democrático ser assim.
A mesma articulista, da forma que entendi, comenta que os réus poderão ser condenados ou não, porém, levanta uma questão importante em forma de pergunta: “Condenados ou não, devolverão o dinheiro?”. Essa, sim, uma grande questão e cada um pense o que quiser. A mesma articulista comenta que se não devolverem o dinheiro, mesmo condenados, sairão no lucro. Essa, sim, uma questão absurda. Queira Deus que esse exemplo não seja jogado nas cabecinhas em formação de nossos jovens. Queira Deus.
Mas, deixemos de lado essas tristezas nacionais e falemos de nossa Votuporanga, na flor de seus 75 anos. Flor mesmo, pois, existem cidades nesse mundo que existem há mais de dois ou três milênios e ainda não acertaram seus bons passos de convivência. Vejam o que acontece na Síria. Que pena!
De nossa parte, estamos construindo exemplos de convivência e de trabalho em prol do bem-estar geral. Existem alguns que discordam das formas, o que é democrático, porém, todos concordam que estamos em um bom caminho. As eleições estão por vir, e aqueles que entenderem que podem fazer diferente que se apresentem ao povo. È assim que caminha um povo democrático e educado.
E, quando nossa cidade completa esse seu tempo de vida fico imaginando como se surpreenderiam alguns que já se foram e que viviam sonhando com o progresso e com as facilidades que Votuporanga poderia adquirir.
Quantos daqueles que ficavam madrugada a dentro lá na praça da matriz, depois de comer um bauru no Shinoara, discutindo a cidade, não se sentem felizes hoje por ver o estágio que alcançamos? Muitos estão vivos ainda, graças a Deus. Muitos se foram, deixando imensas saudades e nos privando de suas frases e atitudes alegres e de seus ímpetos sinceros. Escrever nomes é um perigo, poderia esquecer alguns, porém, quem frequentava por ali que se esforce e procure lembrar, vai ser um exercício gostoso.
Mas, falando de alguns daqueles que estiveram em algum “manche” (político ou empresarial), que êxtase não sentiriam ao saber que vamos ter uma Faculdade de Medicina, um Shopping, que já fazemos operações do coração, que a linha aérea vai voltar, que já temos quase noventa mil habitantes, que novos edifícios estão sendo construidos, que a cidade está efervescente e pujante, que os imóveis estão valorizados, que o povo tem onde trabalhar e muitas outras coisas mais. Que pena, já se foram, lutaram, muitos “quebraram a cara”, mas, sem dúvida deixaram a filosofia da causa. E como dizia Dr. Ultimatum Fava: “Votuporanga tem boa aura”.
Mas pergunto: O que diria o Faiez ao ver a Rua Amazonas? E o Tonhão Polidoro que não teve a felicidade de ver o Juninho prefeito, que boa historia não nos contaria? E, uma divertida e alegre: -E o Toloni que além de não ver a cidade tão bonita, não teve a felicidade de ver o Coringão campeão da Libertadores?
È isso ai meus amigos e bons leitores, o trem anda, alguns ficam nas estações mas deixam lindas lições. Aprendamos.
*Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados