Calma, meu caro leitor, não estou chamando ninguém de quarta-feira, apenas estou lembrando que os 75 anos de Votuporanga acontecem na próxima quarta. Ou seja, nossa cidade comemora seu tempo de brilhante ou alabastro, conforme cada um prefira.

E que tipo cidade comemora isto? Como ela era? Quem foram alguns de seus personagens? O que ela conquistou nesse tempo? Como vive seu povo hoje? Alcançou objetivos e se destacou regionalmente? É diferenciada politicamente? È uma cidade aconchegante e acolhedora?

Vou tentar, nesse pequeno espaço, responder, a minha maneira, algumas das perguntas. Vou tentar fazer isto sem me emocionar. 1) A cidade que comemora os 75 anos é uma linda comunidade, moderna, cheia de vitalidade e que tem muito ainda por conquistar. 2) Era uma cidadezinha muito pequenina, quase uma vila, lá pelos anos 40, com uma população muito simples, porém, muito decidida onde queria chegar. Uma população que este articulista conheceu e de quem guarda muita saudade, carinho e orgulho. Eram comerciantes, agricultores, pedreiros, carpinteiros, sapateiros, seleiros, ferreiros, rachadores de lenha, servidores braçais e de muitas outras e boas atividades, gente boa, limpa, religiosa e, todos, lutando para construírem bons alicerces para suas famílias. Era uma comunidade vibrante, alegre, carinhosa e afetuosa com os que chegavam, era uma cidadezinha de braços abertos. Por isso, muitos vieram e ficaram. 3) Falar dos personagens, dos que me lembro agora enquanto escrevo, tais como o Sr. Adriano Assi, a Família Comar, o Mané Mata, meu tio Alfredo Gorayb, Felício Gorayeb mau pai, Carmelo Grisi e seus filhos, o Sr. Paulo Anzai, os Bortolotti, o Aristides Gallo, Marãozinho e o Nasser, os Pozzobon, os Okimoto, a família Matos, os Galera, os Queiroz, os Blaya, os Ferreira (os Jr. e os Costa), Dr. Felizardo , Zequinha Mello, João Leite, os Souza da padaria, os Cury, os Gianezzi, os Braga, Cavalin, Poiani, Budin, Miura e muitos outros, todos formidáveis, todos esforçados e trabalhadores, um exército de homens e mulheres abnegados pelas causas da pequena cidadezinha. 4) Das conquistas, destaco primeiro a simpatia, depois a visão futura que a fez o que é hoje; o comercio pujante e a indústria sedimentada; a Fundação Educacional exemplar, agora com Medicina; uma Santa Casa com cardiologia, UTI Neonatal, Pet CT, moderna mesmo, atendendo mais de um milhão de pessoas por ano, invejada nacionalmente mesmo que tenha umas continhas a pagar e que vai pagar; uma cidade que acaba de conquistar um shopping e para onde (a cidade) muitas empresas estão procurando se instalar e outras estão pesquisando oportunidades. Uma cidade que conquistou, principalmente, uma mentalidade séria de pensar em si mesma, que procura o bem-estar de quem mora por aqui e que não permite que aventureiros se metam na sua vida. Uma cidade que unida sabe o que quer, esta a sua maior conquista. 

Uma cidade classificada entre as trinta melhores no quesito bem-estar e assim vive seu povo, uma cidade líder regional e que se preocupa com seus vizinhos, ou seja, uma cidade sem invejas e radicalismos, uma cidade generosa.

Pois é, meus ilustres leitores, podemos não ser a melhor do mundo, podemos não ter nada de brilhante, podemos não ser a mais rica, mas, sem dúvida, somos o que podemos com nosso esforço, com o exemplo deixado pelos pioneiros e, se Deus quiser, chegaremos aos cem anos melhores ainda. Participe do esforço. 

PARABÉNS VOTUPORANGA, MINHA AMIGA E COLEGA DE VIDA.

*Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados