Helcio Estrella, jornalista, ex-Presidente Nacional da ABRAJET - Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo. E-mail : doublehelcio@gmail.com
Alguns fatos marcantes na área do turismo nacional reforçam o velho chavão de que toda crise tem um aspecto negativo e um positivo. O primeiro por criar dificuldades às empresas e até eliminar algumas, e o segundo por abrir oportunidades para novos empreendimentos, visualizados pelos mais atentos (e ousados), que buscam tirar vantagem com situações criativas para as surpresas que atingem constantemente os mercados. O atual momento brasileiro não é diferente. Em encontro recente realizado pela revista/portal BANCO HOJE no NOVO HOTEL Center Norte, em São Paulo, em julho último, o balanço da crise surpreendeu. Ao invés das quebradeiras anunciadas, como resultado da conhecida Operação Lava Jato, que levou à prisão destacados diretores de grandes empresas privadas e da gigante estatal PETROBRÁS, o que se mostrou ali foi o contrário. O episódio vergonhoso está servindo para que as empresas aperfeiçoem suas gestões corporativas, indicando que a economia tende a melhorar em futuro próximo, em tempo bem menor do que apregoam as vivandeiras.
Na área do turismo, dois eventos de grande porte este ano, a 43ª. Expo Internacional de Turismo, mais conhecida como feira da ABAV ( 24 a 26 de setembro, Anhembi, São Paulo ) e o 27º. FESTURIS, também conhecido como Salão de Turismo de Gramado ( 5 a 8 de novembro ), Rio Grande do Sul, já anunciaram que seus negócios vão bem, com vendas suplantando suas edições anteriores, além de um indicativo muito aguardado pelo mercado de negócios em turismo, o balanço do primeiro semestre da ABRACORP ( Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas ), mostrarem que o horizonte é bem melhor do que parecia no início de 2015.
A realidade mostra que o mercado superou o susto inicial que a maioria das empresas tomara no início do ano, pelo agravamento da crise política e pela consequente disparada dos preços do dólar, com reflexos na venda de produtos turísticos e que seus negócios estão sendo projetados um uma nova realidade menos negativa, onde a criatividade faz surgir produtos mais ajustados a um mercado que tende a se retrair com a alta da moeda americana. Passado o susto de um horizonte que se turvou velozmente, o Brasil mostrou ter se ajustado a ver com naturalidade por estas plagas latino-americanas o fato até agora inusitado de a justiça colocar na cadeia empresários e políticos poderosos desonestos, fazendo com o céu voltasse a ficar menos turvo. Isto posto, todos estão descobrindo que o Brasil não está restrito a Brasília e que estamos voltando ao trabalho honesto, no qual a maioria dos brasileiros ainda se encontra fortemente aferrada.
O Brasil da maioria está vencendo. O turismo fechará o ano com lucro, dando sua contribuição ao engrandecimento de sua economia.