Alessio Canonice é de Ibirá-SP e colabora com este jornal
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Uma das boas notícias que se tem conhecimento e que deve ter agradado os vários segmentos da sociedade é a possível redução dos ministérios anunciada pela presidente Dilma Rousseff e que corresponde à eliminação de 10 pastas, permanecendo 29, que compõem a máquina administrativa do governo.
Importante salientar, à vista desta possível redução, o fato de que poderão tomar dimensão as discussões dos prol e dos contra, porque envolve interesse de toda a natureza, mas a verdade é que em acontecendo a redução, torna-se menos oneroso aos cofres públicos, que bancam esta terrível demanda, especialmente no tocante à fase em que atravessa o país.
Não poderíamos deixar de fazer alusão à queda de arrecadação de 2,9%, um dos fatores, para que haja este enxugamento das pastas já anunciadas.
Com esta queda, é evidente que o governo deva tomar algumas providências, de modo a equilibrar os dois fenômenos conhecidos como “RECEITA E DESPESA”, porém, esta medida não seria o suficiente para uma nova filosofia de governo, sendo que novos caminhos poderiam direcionar o erário público, priorizando gastos de extrema necessidade e eliminando os supérfluos.
A redução de pastas na Esplanada é uma das bandeiras de campanha de Eduardo Cunha, para conquistar a presidência da Câmara, onde obrigava à época o governo cortar gastos em um momento em que o país até hoje sofre com a inflação, entretanto, é preciso que o presidente da Câmara verifique os gastos que está tendo com os cargos comissionados de gabinetes e que não são poucos.
É preciso dar exemplo para se exigir algo pretendido, acrescentando a esta oportunidade o fato de que Dilma Rousseff tem discutido dentro do governo a redução do número de ministérios, mas não levará adiante uma nova estrutura administrativa, enquanto ainda estiver em pauta a crise política aguda e que é do conhecimento da maioria dos brasileiros.
A reforma, no entanto, já começa a ser tratada publicamente e o ministro da Fazenda Joaquim Levy afirmou que a presidente não é contrária à redução, além do que acha que é válida, de fundamental importância e que irá propiciar o enxugamento da máquina pública e a redução dos gastos do governo são bem-vindos. No caso, a presidente está traçando cenários com o ministro do Planejamento Nelson Barbosa.
Medidas como esta poderão fazer com que outras sejam colocadas em prática, porém, que não fiquem à deriva, pois a população está exausta de tantas promessas, que acabam se convertendo em ilusão, o que não deveria acontecer, pois todos esperam um país com transparência absoluta por parte daqueles que atuam no governo e que possam descrever melhores dias de progresso efetivo e de justiça social.
Afinal, mesmo que seja a longo prazo o que acabamos de narrar, mas que venha a se tornar realidade, para o bem-estar de um povo, que ainda acredita no sucesso e no desenvolvimento do país nos vários ângulos da vida pública.